Dois casos de feminicídio no RN reforçam alerta sobre violência contra mulheres

O Rio Grande do Norte registrou, neste domingo (7), dois crimes brutais que evidenciam a gravidade da violência contra a mulher e reforçam a necessidade de atenção urgente para o combate ao feminicídio.

Em Parnamirim, na Grande Natal, Érika Sueli dos Santos Farias, de 24 anos, foi morta dentro da própria casa. Segundo a Polícia Militar, após uma noite de consumo de bebida alcoólica, o companheiro dela, Franklin da Silva Martins, de 38 anos, teria iniciado uma discussão que terminou em agressão fatal. A vítima sofreu golpes de garrafa de café e teve a cabeça arremessada contra a parede. O suspeito foi preso em flagrante. Érika deixa dois filhos, de 7 e 10 anos.

Já em Santa Cruz, no interior do estado, Maria das Vitórias da Silva, de 42 anos, foi morta a facadas dentro da residência onde vivia com o ex-companheiro. Identificado como “Lêla”, o homem é apontado pela polícia como autor do crime, motivado pela não aceitação do fim do relacionamento. A vítima chegou a tentar fugir, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em frente ao imóvel. O suspeito fugiu em uma motocicleta e continua foragido.

Os dois episódios reforçam a urgência do enfrentamento ao feminicídio, crime caracterizado pelo assassinato de mulheres em razão de gênero, geralmente praticado por parceiros ou ex-parceiros. O Brasil figura entre os países com maiores índices desse tipo de violência, e especialistas destacam a importância de denunciar sinais de ameaça e procurar apoio antes que situações de agressão resultem em tragédias.

Autoridades reforçam que qualquer denúncia pode ser feita de forma anônima pelo 180 (Central de Atendimento à Mulher), pelo 190 (Polícia Militar) ou nas delegacias de Polícia Civil.