O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas para que a defesa de Jair Bolsonaro esclareça um possível descumprimento de medidas cautelares, sob pena de prisão imediata. A decisão foi tomada após o ex-presidente participar de um evento na Câmara dos Deputados, onde exibiu sua tornozeleira eletrônica e deu declarações que foram divulgadas por terceiros nas redes sociais.
Segundo Moraes, as falas de Bolsonaro, replicadas por veículos de imprensa e por seu filho Eduardo Bolsonaro, violam as restrições impostas no inquérito que investiga ataques à soberania nacional. As medidas incluem proibição de uso de redes sociais, contato com autoridades estrangeiras e com investigados, além do uso obrigatório da tornozeleira e recolhimento domiciliar noturno.
A reunião que gerou a controvérsia foi organizada pelo Partido Liberal e contou com a presença de parlamentares da oposição, que anunciaram a criação de comissões para reagir às ações do STF e apoiar o ex-presidente. Moraes anexou prints como indícios do descumprimento das medidas, e a Procuradoria-Geral da República foi notificada sobre a possível prisão.
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