
Depois de quatro décadas de busca incansável, Han Tae-soon finalmente reencontrou sua filha desaparecida, Kyung-ha, sequestrada em Seul, na Coreia do Sul, em 1975. O reencontro foi possível graças a um teste de DNA realizado pelo grupo 325 Kamra, que conecta pais sul-coreanos a filhos adotados no exterior. Hoje, registrada como Laurie Bender, a filha vive na Califórnia e trabalha como enfermeira.
O caso ganha um novo capítulo, com Han processando o governo sul-coreano por negligência na fiscalização da adoção internacional. Investigações recentes concluíram que o Estado violou direitos humanos ao permitir que crianças fossem enviadas para adoção com documentação fraudulenta, rotuladas como órfãs quando tinham famílias vivas.
Entre 170 mil e 200 mil crianças sul-coreanas foram adotadas por famílias no exterior desde os anos 1950. Han, que nunca desistiu da busca, percorreu delegacias, orfanatos e programas de TV à procura de pistas. “É como se um buraco no coração tivesse sido curado”, disse sua filha ao reencontrá-la.
Agora, a Justiça deve decidir se haverá reparação para Han e outras famílias afetadas por adoções irregulares. O governo sul-coreano declarou que aguarda o resultado do julgamento para tomar medidas.
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