Imagem: Tânia Rego/Agência Brasil
No Brasil, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar severa caiu 85% de 2022 para 2023, totalizando 2,5 milhões
Insegurança Alimentar Mundial em 2023: Um Panorama Global e Nacional
De acordo com o Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial, divulgado nesta quarta-feira (24), aproximadamente 733 milhões de pessoas enfrentavam fome em 2023. Este número é semelhante aos 735 milhões registrados em 2022. As projeções indicam que, se as tendências atuais persistirem, 582 milhões de pessoas continuarão cronicamente desnutridas em 2030.
O relatório revela que a fome tem aumentado na África, permanecendo estável na Ásia, enquanto a América Latina apresentou avanços. A África ainda detém a maior proporção de população afetada pela fome, com 20,4%, comparado a 8,1% na Ásia, 6,2% na América Latina e Caribe, e 7,3% na Oceania.
Entre 2022 e 2023, a insegurança alimentar moderada ou grave permaneceu praticamente inalterada na África, Ásia, América do Norte e Europa, mas piorou na Oceania. Em contraste, a América Latina, incluindo o Brasil, registrou uma diminuição nos índices de fome.
Este relatório é uma produção conjunta de agências da ONU como a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), FIDA (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola), Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), PMA (Programa Mundial de Alimentos) e OMS (Organização Mundial da Saúde), que anualmente atualizam o "Mapa da Fome". Pela primeira vez, o lançamento do relatório ocorreu no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
Situação da Fome no Brasil
Em 2023, o número de brasileiros em situação de insegurança alimentar severa caiu 85%. No entanto, a fome ainda afeta 2,5 milhões de pessoas, o que representa 1,2% da população brasileira, que passa um dia inteiro ou mais sem comer. Em termos absolutos, 14,7 milhões de pessoas saíram da situação de fome no país em um ano.
A metodologia da FAO define a insegurança alimentar severa como a total falta de acesso a alimentos, o que pode causar danos graves à saúde física e mental, especialmente na primeira infância, afetando o desenvolvimento e a formação cognitiva.
"O dados das Nações Unidas indicam que estamos no caminho certo. Em apenas um ano de governo, reduzimos a insegurança alimentar severa em 85%. Tiramos 14,7 milhões de brasileiros e brasileiras dessa condição," afirmou o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
Além disso, a taxa de subnutrição no Brasil caiu de 4,2% para 2,8% em 2023, em comparação com a média de 2020 a 2022, representando uma redução de um terço. Isso significa que três milhões de brasileiros deixaram de sofrer de subnutrição crônica, reduzindo o total de nove milhões para seis milhões.
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