"Recaptura de fugitivos de Mossoró, novidades sobre Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, prisão após 50 dias de buscas, fuga de presídio federal."
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Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram reconduzidos ao presídio de Mossoró sob vigilância constante, após serem capturados no Pará seguindo 50 dias de perseguição.

Os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, que foram recapturados no Pará, regressaram ao Rio Grande do Norte durante a madrugada desta sexta-feira (5). Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram transportados de avião para o estado e desembarcaram em Mossoró.

Ao retornarem ao presídio de Mossoró, que teve sua segurança reforçada e mudança de direção, os dois serão mantidos em celas individuais e sob constante supervisão, de acordo com informações do Ministério da Justiça.

A busca pelos fugitivos se estendeu por 50 dias até a sua recaptura na tarde de quinta-feira (4), em uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Rogério e Deibson haviam escapado da prisão em 14 de fevereiro. Na quinta-feira, foram localizados a mais de 1.600 km de distância de Mossoró.

Ambos os fugitivos optaram por permanecer em silêncio durante o interrogatório conduzido pela PF após sua recaptura. Por volta das 21h30, foram liberados da delegacia de Marabá e conduzidos ao aeroporto da cidade.

O avião da PF partiu do aeroporto de Marabá às 22h de quinta-feira, chegando a Mossoró por volta das 1h30 desta sexta-feira.

Após o desembarque, os fugitivos foram encaminhados ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) para realização de exames médicos.

Sobre a Fuga:

Rogério e Deibson fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró em 14 de fevereiro, uma Quarta-feira de Cinzas. Ambos, naturais do Acre, estavam detidos na unidade desde setembro de 2023 e são ligados ao Comando Vermelho.

A fuga dos detentos representou o primeiro incidente desse tipo na história do sistema penitenciário federal, que inclui, além de Mossoró, as penitenciárias de Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).

Para escaparem da prisão, abriram uma passagem por trás de uma luminária e cortaram duas cercas de arame. Segundo as investigações, utilizaram ferramentas de uma obra em curso na penitenciária.

Após a fuga, autoridades locais e federais organizaram uma força-tarefa para capturar os fugitivos, envolvendo agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar.

Nos primeiros dias em fuga, os fugitivos invadiram residências e fizeram uma família refém. Além disso, a PF informou que uma facção criminosa teria auxiliado os fugitivos, pagando R$ 5 mil ao dono de uma fazenda que colaborou na fuga.

A dupla conseguiu deixar o Rio Grande do Norte e, em 18 de março, utilizaram um barco pesqueiro para viajar de Icapuí (CE) a Belém do Pará. A viagem pela costa brasileira durou seis dias, chegando a Belém em 24 de março.

A TV Globo reportou que um delegado da PF informou a PRF em Marabá na manhã de quinta-feira sobre o trajeto dos fugitivos pela cidade de Tailândia (MA), a 300 km de Belém. A polícia, então, iniciou o monitoramento e conseguiu capturá-los próximo a Morada Nova, a 25 km de Marabá.

Com os fugitivos, foram apreendidos um fuzil com dois carregadores, dinheiro e oito celulares. O Ministério da Justiça afirmou que os fugitivos planejavam fugir para o exterior.

Segundo informações da GloboNews, apenas com as operações das forças federais, a busca aos fugitivos custou R$ 2,1 milhões aos cofres públicos.