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O número de casamentos no Brasil aumentou pelo segundo ano consecutivo, atingindo 970.041 em 2022, representando um crescimento de 4% em comparação com 2021, quando foram registradas 932.502 uniões civis. Esses dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com base nas Estatísticas do Registro Civil.

O instituto observou que entre 2020 e 2021, houve um aumento no número de casamentos, sugerindo que as cerimônias matrimoniais estão voltando a ocorrer devido às campanhas de vacinação e à flexibilização das medidas de contenção da COVID-19.

Apesar desse avanço, a quantidade de casamentos em 2021 não ultrapassou a média dos cinco anos anteriores à pandemia, que era de pouco mais de 1 milhão de registros anuais.

De acordo com o levantamento, o número de uniões civis registradas em cartório aumentou em todas as grandes regiões do Brasil, com destaque para o Sul, que teve um aumento de 9% em comparação com 2021.

Em 2022, nos meses de abril, julho e setembro, o número de registros de casamentos civis foi superior ao observado no mesmo mês de 2019 (antes da pandemia). Nos quatro anos em questão, dezembro permaneceu como o mês com o maior número de registros e ocorrências de casamentos civis.

Quanto aos casamentos civis entre cônjuges solteiros de sexos distintos, com 15 anos ou mais, a diferença média de idade no momento da união foi de aproximadamente dois anos. Os homens se casaram, em média, aos 31,5 anos, enquanto as mulheres se casaram aos 29,1 anos.

Um dado relevante é que os brasileiros estão se casando mais tarde. As idades dos cônjuges nos casamentos entre pessoas de sexos distintos aumentaram ao longo dos anos, tanto para homens quanto para mulheres. Em 2000, apenas 6,3% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais, enquanto em 2022, esse número subiu para 24,1%. O mesmo padrão foi observado entre os homens, com um aumento de cerca de 20 pontos percentuais na participação de registros de casamentos em que os homens tinham 40 anos ou mais, comparando os anos de 2000 (10,2%) e 2022 (30,4%).

Em relação às regiões e unidades da federação, as menores taxas de casamento foram registradas no Nordeste e Sul do país (5,1 e 5,3 casamentos por 1.000 habitantes, respectivamente), enquanto as maiores taxas foram no Sudeste e Centro-Oeste (6,5 e 6,7 casamentos por 1.000 habitantes, respectivamente).

Segundo o estudo, Rondônia (9,6 casamentos por 1.000 habitantes) e o Distrito Federal (9 casamentos por 1.000 habitantes) foram as unidades da federação com as maiores taxas de nupcialidade, enquanto as menores foram observadas no Rio Grande do Sul (4,2 casamentos por 1.000 habitantes) e no Piauí (3,4 casamentos por 1.000 habitantes).