Artistas saem frustrados de primeira reunião com Mário Frias



Representantes da classe artística saíram frustrados de uma reunião realizada nesta quarta-feira (12), por video conferência com o secretário especial de Cultura, Mário Frias. De acordo com a Veja, os artistas queriam discutir um requerimento de urgência ao projeto de lei 3.968 de 1997, que está na Câmara dos Deputados, e que trata da isenção do pagamento dos direitos autorais pelo setor hoteleiro.

O encontro, que é o primeiro contato de Frias com a categoria, contou com músicos e compositores, dentre eles, Paula Fernandes e o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil. A primeira decepção dos convidados, segundo a revista, foi a ausência do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a quem a secretaria de Cultura é subordinada. Ele foi convidado, mas não compareceu.

Outra frustração ocorreu porque o novo secretário não estava ciente do PL sobre o pagamento dos direitos autorais, que deverá ser votado sem que a classe artística tenha sido ouvida.

Além de Gil e Paula Fernandes, participaram do encontro virtual Milton Nascimento, o roqueiro Frejat, os empresários José Fortes (dos Paralamas do Sucesso), Leninha Brandão (de Zeca Pagodinho) e Fábio Almeida (Ivete Sangalo), além de representantes da Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus), da União Brasileira de Compositores (UBC) e do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

Mário Frias, no entanto, teria pedido que a classe encaminhe pareceres sobre o tema, que serão analisados afim de que seja tomada uma providência. A reunião, no entanto, foi protocolar e nenhuma decisão concreta foi tomada.

“É mais um secretário novo que está entrando. O entra e sai de titulares prejudicou a pasta. Ele está acabando de chegar e ainda não sabe o que está acontecendo”, disse uma fonte que acompanhou a reunião à Veja, destacando que Frias se encontra em uma situação delicada politicamente, pois a demanda do grupo, que é a manutenção do pagamento dos direitos autorais, vai de encontro à demanda do setor hoteleiro e de turismo, que não quer pagar as taxas. “É difícil acreditar que o ministro do Turismo vá apoiar a cultura nesta questão”.

Por Seridó 360