Imagem: Wandilson Ramalho e Divulgação
O candidato à presidência da Federação dos Municípios – FEMURN e prefeito diplomado de Patu, Rivelino Câmara (PMDB), vem ampliando seu projeto pessoal de poder e, para fortalecê-lo, declarou apoio a vereadora Lucélia Dantas para a presidência da Câmara de Patu, em detrimento ao candidato do grupo de seu padrinho político e principal apoiador, Ednardo Moura.



No caso da eleição da FEMURN – que ocorrerá em janeiro – Câmara apregoa que já detém apoio de 90 (noventa) prefeitos, o que em sua contagem garantiria o controle da federação, mas segundo uma fonte este número é irreal.



Rivelino, como já noticiado em alguns meios de comunicação, esta sendo apoiado por Henrique Alves, candidato que saiu derrotado ao governo nas últimas eleições e investigado na lava jato por desvios de recursos.


Em Patu, a candidata de Rivelino, que até bem pouco tempo era filiada ao PT e, diga-se de passagem, uma das vereadoras mais combativas, vem silenciando, como também o seu sindicato, no que tange a Previdência do Município.

Lucélia "controla" um sindicato de servidores municipais.

Para um atento observador da cena política de Patu, é possível que haja um acordo entre Rivelino e Lucélia, onde o candidato da FEMURN apoia Lucélia para Presidente da Câmara e em “troca” o sindicato controlado pela vereadora silencia sobre a questão da Previdência do Município – a PREVI.Esta seria a principal razão do nome de Lucélia. 

“Rivelino não quer ser incomodado nesta questão da previdência” – destacou.

Segundo dados obtidos pelo blog, o rombo na previdência municipal é incalculável.

O município, ao qual ele até bem pouco tempo era secretário de finanças, vem descontando o valor do servidor e não repassando para a previdência do município. Tal prática, se confirmada, constitui crime.

“Esta é a ideia que Rivelino tem para fortalecer o municipalismo?” – fazendo alusão à principal bandeira defendida por Câmara na busca pelo controle da FEMURN, alertou a fonte.

“Em um momento que se discute a reforma da previdência, o sindicato e a vereadora deveriam atuar com mais firmeza e fiscalizar o nosso regime de previdência, mas o que se vê é um silêncio sobre esta questão” – afirmou uma servidora.

“Eu quero me aposentar e estou pagando por isto, mas pelo visto não vou” – completou.


Registre-se que a vereadora, também está sendo investigada pelo Tribunal de Contas do Estado - TCE, em virtude do acúmulo ilegal de cargos.


Segundo fontes do Tribunal, após uma análise minuciosa com o cruzamento de dados nas folhas de pagamento do Município e Estado, aquela Corte de Contas constatou que Lucélia Ribeiro, possui dois vínculos públicos de professor e, ainda, o de vereadora do Município de Patu.



“Fora constatado que a mesma supostamente recebe irregularmente valores que estão em desacordo com a Constituição, como também que contraria decisões recentes da Corte” alerta a fonte.



Para se ter uma ideia, segundo o relatório do TCE, ao qual o blog teve acesso, os salários somados dos cargos, mais o subsidio da Câmara, podem chegar a cifra de R$ 9.000,00 (nove mil reais) mensais, realidade muito diferente a dos trabalhadores de Patu que, em sua maioria, ganham apenas um salário mínimo.



E não é só isso, caso chegue ao posto de Presidente do legislativo municipal e, persistindo esta situação, o salário da candidata de Rivelino, poderá ser maior que a do Chefe do  Executivo municipal, que hoje é de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Em 2010, Lucélia então candidata ao Senado pelo PT teve suas contas de campanha rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral, o que ensejou recurso ao TSE. 



Procurada pela redação do blog,  tanto a Câmara Municipal, quanto a prefeitura de Patu que tem o dever e a responsabilidade constitucional de também fiscalizar, bem como se manifestarem sobre a questão dos vínculos ilegais, silenciaram, não respondendo aos recados e e-mails deixados pelo blog.

A Secretaria de Educação do Estado, alegou o recesso para não dar informações e, destacou que tão logo estivesse com os dados e informações, repassariam.

No sitio do Governo do Estado (protocolo net), Lucélia somente pediu afastamento do cargo efetivo em julho do corrente ano, ou seja, praticamente no final de seu mandato como vereadora, conforme processo nº 302428/2016-8.

Tentamos ainda contato com Lucélia Ribeiro para tratar dos fatos, entretanto, não obtivemos êxito. Reafirmando que fica aberto o espaço para esclarecimentos.  

Certo mesmo nesta história é que Rivelino Câmara, além de dar um golpe nos aliados de seu principal padrinho político (Ednardo Moura), já se projetando como independente deste, tenta, ainda, ganhar musculatura no âmbito estadual para alçar voos solos e, para isso, utilizará a FEMURN como trampolim.

Aguardemos!!!

Atualizada às 09:37h de 30/12/2016