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A Polícia Federal desbaratou nesta terça-feira, 08 de abril, em Natal, uma quadrilha acusada de praticar fraude contra o seguro-desemprego que era integrada por um comerciante rondoniense, 19 anos, residente em Cuiabá/MT; um motorista paranaense, 38 anos, residente em Várzea Grande/MT; um vendedor, 29 anos e um auxiliar administrativo, 25 anos, os dois últimos, paulistas e residentes em São Paulo/SP. 

Uma das prisões aconteceu no final da manhã, no interior de uma agência da Caixa Econômica Federal localizada em um shopping da Zona Sul da capital, enquanto que os outros suspeitos foram presos, horas depois, em um hotel, na Praia de Ponta Negra. 

Imagem: Cedida pela PF
A ação da PF teve início quando os policiais foram acionados para averiguar a conduta de um homem que procurou a citada agência para solicitar um saque na parcela do seguro-desemprego, porém, apresentou uma carteira de trabalho com indícios de falsificação e, além disso, estranhamente não sabia informar o sobrenome dos pais, a data da suposta demissão e muito menos em que cidade o documento havia sido expedido.

Com a chegada dos policiais, o suspeito mostrou-se extremamente nervoso e, após uma revista, foi encontrado nos seus bolsos, quatro carteiras de trabalho falsas que tinham uma mesma fotografia e nomes diferentes. O homem recebeu voz de prisão e foi encaminhado para autuação na superintendência da PF, no bairro de Lagoa Nova.

Sequenciando as investigações, os policiais se deslocaram para realizar uma busca no endereço onde o suspeito estava hospedado e, em lá chegando, conseguiram surpreender outros três acusados que estavam de posse de vários petrechos utilizados para forjar documentos. Com eles foram encontradas: carteiras de trabalho (algumas, em branco); carteiras de habilitação; cédulas de identidade; impressoras; formulários; bobinas para plastificação; ferramentas; notebook; iPad; documentos diversos, etc. 

Durante o interrogatório dos acusados, foi possível apurar que eles viajaram de São Paulo, via aérea, primeiro, para Salvador/BA e depois, Natal, onde dizem que os documentos foram “montados” para tentar receber o benefício do seguro-desemprego.

Em vários trechos dos seus depoimentos, os suspeitos, assistidos por um advogado, se negaram a responder as perguntas formuladas, manifestando o direito constitucional de permanecer em silêncio. 

Os presos permanecem custodiados na sede da Polícia Federal e vão responder por estelionato, associação criminosa e falsificação de documento público. Eles devem ser transferidos nos próximos dias para uma unidade prisional do estado onde permanecerão à disposição da justiça

Dos quatro envolvidos, apenas um não possui antecedentes criminais, enquanto que o homem apontado pelos próprios comparsas como sendo o líder do grupo, já foi preso pela PF nas cidades de Londrina/PR, Cuiabá/MT, Jataí/GO e duas vezes em Natal/RN, sempre cometendo este mesmo tipo de crime.