A Justiça do Rio Grande do Norte decretou na noite de quarta-feira
(19) a prisão preventiva do ex-diretor do Instituto de Pesos e Medidas
do Estado (Ipem), Rychardson Macedo. O réu em processos referentes a
lavagem de dinheiro e possíveis fraudes na Ativa, de acordo com a
Justiça, não teria sido localizado por oficiais de Justiça para a
notificação referentes ao processo que tramita na 4 Vara Criminal. O réu
não foi preso, mas o advogado de Rychardson Macedo entrará ainda hoje
(21) com pedido de habeas corpus.
De acordo com
Durvaldo Varandas, que defende o ex-diretor do Ipem, Rychardson Macedo
não está em endereço incerto. Segundo Varandas, o oficial de Justiça foi
a endereço errado e, depois de ir na casa onde reside o réu, não
encontrou Rychardson Macedo porque ele estava acompanhando o trabalho
nas empresas que administra.
"Rychardson já foi
ouvido várias vezes pela Justiça Federal, pelo Ministério Público
Federal e se apresenta mensalmente à Justiça. Só quem não conseguiu
localizá-lo foi o oficial de Justiça", disse Durvaldo Varandas.
Além
de rebater o argumento de que Rychardson estaria em endereço
desconhecido, Varandas também explicou que seria necessária a publicação
d eum edital para a convocação do réu, o que também não teria ocorrido.
"O pedido de prisão preventiva foi um equívoco", disse.
A
defesa de Rychardson Macedo disse que já entrou em contato com o juiz
Raimundo Carlyle, explicando a situação. Porém, segundo Varandas, será
necessário que um habeas corpus seja impetrado para revogar o pedido de
prisão. "Ainda não tive acesso à decisão. Depois que tiver, entrarei com
o pedido de habeas corpus. Rychardson não está atrapalhando o andamento
do processo. De forma nenhuma", garantiu.
O
Ministério Público aponta Rychardson como líder de esquemas para desviar
dinheiro público através de, entre outras coisas, contratação de
funcionários fantasmas e fraudes em licitações. De acordo com o MP, as
empresas de propriedade de Rychardson Macedo, supostamente utilizadas
para a lavagem de dinheiro oriundo de irregularidades no Ipem, tinham a
mesma função nas fraudes cometidas dentro da Ativa, no período entre
2009 e 2010.
Fonte: TN
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