Junto com a alegria do futebol, a Copa do Mundo de Futebol em 2014 no Brasil pode trazer mais violência contra crianças e adolescentes. Além do esporte, a exploração sexual no turismo é um grande atrativo para quem vem de fora do país. Segundo o Governo Federal, estima-se a vinda de 500 mil turistas na época da Copa, o que corresponde a 10% do total que o país recebe em um ano. Em um levantamento da Secretaria e Direitos Humanos da Presidência da República, de janeiro a setembro de 2010 foram registradas 698 denúncias de exploração sexual infantil nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e em João Pessoa (esta cidade foi incluída na pesquisa porque é considerada cidade-dormitório, devido à proximidade com Recife e Natal).
Para denunciar e lutar contra esta realidade, redes e organizações evangélicas iniciam neste 18 de Maio em Natal a Campanha de Enfrentamento a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no turismo, com vistas a Copa 2014. O lançamento oficial em Natal será dia 18 (quarta-feira), às 15h00, em Seminário promovido pela Rede Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Liderada pela Rede Evangélica nacional de Ação Social (RENAS), a campanha já começa, neste dia 18 de maio (Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração contra Crianças e Adolescentes), sendo que na manhã deste dia 17 e na tarde do dia 19/05 integram o calendário de mobilizações um ato público e a Marcha contra a Exploração Sexual da Criança e do Adolescente.
O projeto pretende unificar outras campanhas evangélicas já existentes em favor da infância, como: o Mutirão de Oração pelas Crianças em Risco e a Campanha de Vacinação contra os Maus-tratos de Crianças. Em Natal, ao comitê tem como coordenador o Presidente da ALEF – Associação de Líderes Evangélicos de Felipe Camarão e integrante do Grupo Gestor da RENAS nacional Leandro Silva, em conjunto com dezenas de organizações locais e igrejas.
A Campanha Copa 2014 tem como slogan “Um gol pelos direitos de crianças e adolescentes: exploração sexual não é um jogo. Denuncie!” e está estruturada em torno de 12 comitês de trabalho, um em cada cidade-sede da Copa do Mundo. “Um dos maiores desafios é envolver igrejas locais, escolas, universidades, grupos, redes, ONGS e conselhos de defesa dos direitos da criança e do adolescente, órgãos de comunicação, e organizações governamentais, com o objetivo de desenvolver ações estratégicas de prevenção ao turismo sexual de crianças e adolescentes, para atuar em áreas críticas onde haverá jogos da Copa em 2014”, destaca Leandro Silva.
Mídias Sociais