Sem condições de atender a demanda os médicos da Maternidade Divino Amor, em Parnamirim tiveram que recorrer ontem, (9) à Delegacia de Polícia afim de registrar a insuficiência do Hospital.
De acordo com o Sindicato dos médicos do RN, a maternidade com capacidade para 6 mulheres em pré parto, permanecia com cerca de 20 mulheres a espera do parto. E sem espaço para receber as pacientes, as gestantes aguardavam à hora de dar à luz em cadeiras no corredor do hospital.
Janaina Silvestre, 20 anos, chegou ao hospital às 8h e somente às 17h o hospital teve condições de examiná-la e transferi-la para o pré parto. Janaína mora em Barra do Cunhaú, que não conta com maternidade e antes de chegar a Divino Amor, na ambulância de sua cidade, passou pelas cidades de Canguaretama e São José que também não tiveram condições de realizar seu parto. Desgostosa com a situação, a jovem que esperava numa fila no corredor para realizar uma cesárea falou do seu sofrimento. "O pior de tudo é que nós não podemos fazer nada. Somos obrigadas a ficar nessas cadeiras. Não só eu, mais todas essas mulheres que estão nesse corredor".
E o sofrimento não acaba ai. Num mesmo corredor encontramos mulheres á espera para realizar o parto e mães com seus recém nascidos. Isso porque os 50 leitos de enfermaria da maternidade já estão super lotados. "Às vezes, as mães precisam aguardar até 12h num corredor para serem transferidas para um leito com seus bebês", conta o obstetra do hospital, Uraquitan Lopes .
O médico relata que muitas vezes o parto é realizado, porém depois de realizada a operação não há espaço no hospital para transferir a mulher e a criança que necessita de cuidados básicos e até a sala de cirurgia fica ocupada por pacientes.
A maternidade que recebe pacientes de 45 municípios do estado e chega a realizar até 20 partos por dia, conta com apenas 3 obstetras por plantão, e 2 salas de operação. Para a demanda nem se quer o número de enfermeiras e técnicos de enfermagem é suficiente para um atendimento adequado.
Uraquitan, conta que os profissionais de plantão chegam a passar o turno inteiro sem nenhuma pausa. "O médico não tem condições de parar, pois a fila de mulheres no corredor só aumenta e até aqui os gestores estão de olhos fechados para isso", desabafa. O obstetra explica que a pressão aliada ao cansaço acumulado em um plantão traz riscos aos pacientes e ao próprio profissional.
Encaminhamentos
O Sindicato dos Médicos do RN esteve no hospital no sábado, 9, a pedido dos profissionais da maternidade que se viram abandonados diante da crítica situação.
Para a próxima semana o sindicato deverá agendar reuniões com os responsáveis pela administração do hospital junto à Secretaria Estadual de saúde afim cobrar soluções para a maternidade.
De acordo com o Sindicato dos médicos do RN, a maternidade com capacidade para 6 mulheres em pré parto, permanecia com cerca de 20 mulheres a espera do parto. E sem espaço para receber as pacientes, as gestantes aguardavam à hora de dar à luz em cadeiras no corredor do hospital.
Janaina Silvestre, 20 anos, chegou ao hospital às 8h e somente às 17h o hospital teve condições de examiná-la e transferi-la para o pré parto. Janaína mora em Barra do Cunhaú, que não conta com maternidade e antes de chegar a Divino Amor, na ambulância de sua cidade, passou pelas cidades de Canguaretama e São José que também não tiveram condições de realizar seu parto. Desgostosa com a situação, a jovem que esperava numa fila no corredor para realizar uma cesárea falou do seu sofrimento. "O pior de tudo é que nós não podemos fazer nada. Somos obrigadas a ficar nessas cadeiras. Não só eu, mais todas essas mulheres que estão nesse corredor".
E o sofrimento não acaba ai. Num mesmo corredor encontramos mulheres á espera para realizar o parto e mães com seus recém nascidos. Isso porque os 50 leitos de enfermaria da maternidade já estão super lotados. "Às vezes, as mães precisam aguardar até 12h num corredor para serem transferidas para um leito com seus bebês", conta o obstetra do hospital, Uraquitan Lopes .
O médico relata que muitas vezes o parto é realizado, porém depois de realizada a operação não há espaço no hospital para transferir a mulher e a criança que necessita de cuidados básicos e até a sala de cirurgia fica ocupada por pacientes.
A maternidade que recebe pacientes de 45 municípios do estado e chega a realizar até 20 partos por dia, conta com apenas 3 obstetras por plantão, e 2 salas de operação. Para a demanda nem se quer o número de enfermeiras e técnicos de enfermagem é suficiente para um atendimento adequado.
Uraquitan, conta que os profissionais de plantão chegam a passar o turno inteiro sem nenhuma pausa. "O médico não tem condições de parar, pois a fila de mulheres no corredor só aumenta e até aqui os gestores estão de olhos fechados para isso", desabafa. O obstetra explica que a pressão aliada ao cansaço acumulado em um plantão traz riscos aos pacientes e ao próprio profissional.
Encaminhamentos
O Sindicato dos Médicos do RN esteve no hospital no sábado, 9, a pedido dos profissionais da maternidade que se viram abandonados diante da crítica situação.
Para a próxima semana o sindicato deverá agendar reuniões com os responsáveis pela administração do hospital junto à Secretaria Estadual de saúde afim cobrar soluções para a maternidade.
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