O DEM fechou nesta quarta-feira uma chapa única na disputa pela presidência do partido, encabeçada pelo senador José Agripino (RN). A chapa tem ainda o deputado Marcos Montes (MG) como secretário-geral. Marco Maciel (PE), que era apontado como o outro nome para a presidência do partido, aparece como presidente do Conselho Político. A eleição está marcada para o dia 15 de março.
Ao anunciar a composição da chapa, o atual presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o acordo "vai garantir a unidade" do DEM. "Todas as principais lideranças estão representadas e todos se sentem vitoriosos. Conseguimos sair de posições mais extremadas para ter uma posição mais ao centro. O senador Agripino sempre foi o nome que mais agregava".
Indicado à presidência, Agripino disse que fechar o acordo "não foi tarefa fácil", mas afirmou que "o que prevaleceu foi a perspectiva do futuro do partido". "Divisões internas existem em todos os partidos", disse. Para completar: "a gente está dando um exemplo de maturidade política".
Kassab
A novela sobre a possível saída do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do partido foi comentada por Agripino. O senador disse que a sigla "fez tudo para que isso não viesse a ocorrer". "Nosso desejo é que ele permaneça no partido. Todo esforço foi feito nesse sentido", afirmou.
Para o senador, a intenção ficou clara a partir do momento em que os representantes de Kassab no acordo que definiu a chapa, o deputado Eduardo Sciarra (PR), Índio da Costa (que foi vice na chapa de José Serra na disputa pela Presidência da República), e o ex-deputado Roberto Brant (MG), "avalizaram o que foi feito". "Ele (Kassab) está presente nessa Comissão Executiva".
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