Dona Iraci Soares de Souza, 81 anos, acompanha a procissão com passos curtos, mas decididos. Faz isso todos os anos. Procura puxar pela lembrança, mas a memória já não ajuda como antes. A força para seguir a caminhada vem da fé, porque as pernas, com o tempo, cansam mais facilmente. “A muleta também ajuda um pouco”, brinca. Num segundo, o riso dá lugar à emoção quando indagada sobre o motivo de sacrificar-se tanto fazendo o longo percurso. “Jesus fez um sacrifício muito maior, morrendo por nós. Mesmo assim ainda tem gente que não acredita”, desabafa, com os olhos marejados.
A história de dona Iraci é uma das muitas narrativas encontradas entre os fiéis que seguiam a procissão do Senhor Morto. O cortejo saiu da Catedral Metropolitana às 16h50 e percorreu quatro ruas e avenidas do centro até voltar, menos de uma hora depois, ao lugar de origem. Os policiais que faziam a interdição das ruas para passagem do cortejo estimaram em 1.500 o número de devotos – bem menos que os quatro mil do ano passado.
Mesmo pequena, a procissão com a imagem de Jesus Cristo e de Nossa Senhora rompia a monotonia das ruas silenciosas do centro de Natal com o som de matracas e o canto solene dos peregrinos. Alguns apenas mexiam os lábios, num gesto de adoração contida.
O pároco da Catedral Metropolitana, Aerton Sales, explicou que a procissão relembra a morte do filho de Deus. “Estamos aqui relembrando o sepultamento de Cristo. Depois disso, os fiéis voltam para casa e aguardam a ressurreição”.
O bispo da Arquidiocese de Natal, Dom Matias Patrício de Macêdo, disse que “a morte é o motivo da nossa salvação”. “Hoje o povo gosta da adoração da cruz, que é o lenho do qual depende a salvação do mundo”.
Na Sexta-Feira da Paixão, os católicos não celebram missas. A morte e o sepultamento de Jesus Cristo são lembrados numa celebração especial, com ritos especiais. Para os fiéis, reviver o ato da graça divina em favor da humanidade é o momento mais importante da Semana Santa.
Mesmo pequena, a procissão com a imagem de Jesus Cristo e de Nossa Senhora rompia a monotonia das ruas silenciosas do centro de Natal com o som de matracas e o canto solene dos peregrinos. Alguns apenas mexiam os lábios, num gesto de adoração contida.
O bispo da Arquidiocese de Natal, Dom Matias Patrício de Macêdo, disse que “a morte é o motivo da nossa salvação”. “Hoje o povo gosta da adoração da cruz, que é o lenho do qual depende a salvação do mundo”.
Na Sexta-Feira da Paixão, os católicos não celebram missas. A morte e o sepultamento de Jesus Cristo são lembrados numa celebração especial, com ritos especiais. Para os fiéis, reviver o ato da graça divina em favor da humanidade é o momento mais importante da Semana Santa.
Por Alisson Almeida do Nominuto
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