Morreu nesta segunda-feira, 5, por volta da 4h30, no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró, o Mosenhor Américo Vespúclio Simonetti, vítima de câncer. Seu corpo está sendo transladado para o município de Assu, onde nasceu. Será velado na Capela de São Sebastião, às 12h, quando voltará para Mossoró.
Em Mossoró será velado até às 8h, desta terça-feira, 6, na Catedral de Santa Luzia. A missa em ação de graça será celebrada pelo bispo Diocesano Dom Mariano Manzana, a partir das 8h e, em seguida será seputado na Capela de São Sebastião, no Cemitério São Sebastião.
Monsenhor Américo Vespúcio Simonetti, ou como é mais conhecido, Pe. Américo nasceu na cidade de Assu em 21 de dezembro de 1929. Era o quarto dos sete filhos do casal Alfredo Simonetti e Maria Augusta de Sá Leitão Simonetti.
Peadre Américo realizou os estudos de 1º grau, no Seminário Santa Terezinha, na cidade de Mossoró, de onde partiu, em 1950, para o Seminário de São Leopoldo – RS, para cursar Filosofia e Teologia. Graduado em Teologia, é também licenciado em Filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco.
Em 1969 fez Especialização em Didática do Ensino Superior na Universidade Federal de Natal como forma de aperfeiçoamento de sua formação. De volta do Rio Grande do Sul, Pe. Américo ordenou-se sacerdote na sua terra natal e foi em seguida nomeado vigário cooperador do Mons. Júlio Alves Bezerra, na Paróquia de São João Batista de Assu. Ai permaneceu de 1956 a 1962.
Em Assu, foi também diretor da Escola Normal e fundador do Ginásio assuense, posteriormente transformado no Colégio Pedro Amorim. Ainda no setor da educação, foi diretor do Centro Educacional Juscelino Kubitshek e fundador da Casa da estudante daquela cidade além de animador e incentivador de trabalhos sociais como a fundação de clubes de mães na zona rural e periferia da cidade de Assu.
Em 1962, Pe. Américo foi chamado pelo Bispo diocesano, Dom Gentil Diniz Barreto, para assumir, em Mossoró, a Coordenação da Ação Pastoral na Diocese. Em Mossoró, desde então, o Padre Américo assumiu com desvelo, garra e, sobretudo com muita responsabilidade e fé, diversas tarefas, cargos e funções.
Alguns, já transferidos para outros companheiros, enquanto outros continuam sob a sua responsabilidade até os dias atuais. Pe. Américo Foi durante vários anos, Reitor do Santuário do Coração de Jesus, Diretor do Lar Sacerdotal, Diretor do Departamento Diocesano de Ação Social e da Cáritas Diocesana. Animador da Ação Católica no setor da JAC- Juventude Agrária Católica quando ainda se encontrava em Assu, e em Mossoró fundador de vários grupos de jovens.
Em Mossoró, Pe. Américo participou ativamente das ações implementadas por João Batista Cascudo Rodrigues, para fundação da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte na qual foi professor durante vários anos.
Padre Américo foi um dos fundadores da UERN participando ativamente da criação do Curso de Serviço Social. Foi professor de Doutrina Social da Igreja no Instituto de Ciências Humanas, de Literatura Latina no Instituto de Letras e Artes e da disciplina Deontologia Médica no Curso de Enfermagem da URRN.
Na Coleção Mossoroense tem vários títulos publicados como: O mundo de hoje e a Igreja em Diálogo, 1971; Públio Virgílio Maro, 1972; Cícero: o homem e a obra, 1972; O trabalho humano, 1973; A pressão demográfica no Nordeste e a paternidade responsável, 1973; Em 1997 a Coleção Mossoroense publicou ainda a obra que lhe deu assento na Academia Mossoroense de Letras, intitulada – Alfredo Simonetti: a memória enaltecida; uma homenagem ao seu pai falecido como um jovem professor aos 39 anos.
Dinâmico e batalhador por natureza, Pe. Américo realizou em Mossoró, talvez a maior de suas obras, a criação da Rádio Rural de Mossoró. Com o apoio do seu Bispo D. Gentil Diniz Barreto trabalhou incessantemente para ver criada e instalada em 1963, a Rádio Rural.
É do conhecimento da população que, estando à frente da Rádio Rural Pe Américo mobilizou durante muito tempo a cidade e a região, com promoções como: A Feira da Providência, o Festival dos Municípios e o Concurso A Mais Bela Voz (conhecido como uma atividade de cunho artístico - cultural e de promoção dos valores da terra), além de gerenciar com lucidez e coerência o serviço de radiodifusão prestado pela Rádio Rural.
Para ele, a Rádio é, e sempre foi, um instrumento da Igreja a serviço da evangelização, da propagação da fé e da educação do povo. Para isso, a Rádio Rural começou alfabetizando jovens e adultos da região, através das Escolas Radiofônicas criadas pelo Movimento de Educação de Base.
Foi pela dedicação ao rádio e sua obstinação pelos seus objetivos que se tornou um líder entre os que dirigiam rádios católicas no Brasil. Conduziu reuniões das 03 rádios do Rio Grande do Norte, Rural de Natal e Rural de Caico; participou da UNDA em nível Nacional, foi parceiro da ALER e nos últimos tempos da RCR. (v. siglas).
Em 1980 foi nomeado Pároco da Paróquia de Santa Luzia onde tem exercido o seu ministério não só conforme os preceitos da Igreja, mas, de forma brilhante e criativa, haja vista as memoráveis Festas de Santa de Luzia, cuidadosamente preparadas e criteriosamente realizadas proporcionando viva participação da comunidade orante de Mossoró.
Em vida Pe. Américo promoveu o bem e assistiu pessoalmente com a caridade fraterna, a inúmeros amigos e fiéis. Sempre foi um homem ativo que esteve sempre à frente do seu tempo. Um sonhador também, talvez por isso, por ser uma espécie de Dom Quixote, faça-se dele, uma imagem equivocada.
Mas, Pe. Américo, a exemplo de seu Pai, Alfredo Simonetti, não esmoreceu. Sempre foi um empreendedor. Sua ação não passará jamais. Pe. Américo assumiu até pouco tempo, as tarefas e funções de: Consultor Diocesano, Cura da Catedral e Vigário Geral da Diocese.
Foi diretor e fundador do Curso Superior de Iniciação Teológica semente que está em processo de transformação na Faculdade de Teologia da Diocese. Com certeza muitas outras sementes também estarão germinando nesta terra de Santa Luzia, graças ao trabalho profético de Pe. Américo Simonetti.
Por: Carlos Skarlack do nomomento.com
Imagem: Blog da diocese de Mossoró
Nota do Blog: É uma notícia triste. Mossoró perdeu um ícone de luta e um grande contribuidor da Festa de Santa Luzia.
Em Assu, foi também diretor da Escola Normal e fundador do Ginásio assuense, posteriormente transformado no Colégio Pedro Amorim. Ainda no setor da educação, foi diretor do Centro Educacional Juscelino Kubitshek e fundador da Casa da estudante daquela cidade além de animador e incentivador de trabalhos sociais como a fundação de clubes de mães na zona rural e periferia da cidade de Assu.
Em 1962, Pe. Américo foi chamado pelo Bispo diocesano, Dom Gentil Diniz Barreto, para assumir, em Mossoró, a Coordenação da Ação Pastoral na Diocese. Em Mossoró, desde então, o Padre Américo assumiu com desvelo, garra e, sobretudo com muita responsabilidade e fé, diversas tarefas, cargos e funções.
Alguns, já transferidos para outros companheiros, enquanto outros continuam sob a sua responsabilidade até os dias atuais. Pe. Américo Foi durante vários anos, Reitor do Santuário do Coração de Jesus, Diretor do Lar Sacerdotal, Diretor do Departamento Diocesano de Ação Social e da Cáritas Diocesana. Animador da Ação Católica no setor da JAC- Juventude Agrária Católica quando ainda se encontrava em Assu, e em Mossoró fundador de vários grupos de jovens.
Em Mossoró, Pe. Américo participou ativamente das ações implementadas por João Batista Cascudo Rodrigues, para fundação da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte na qual foi professor durante vários anos.
Padre Américo foi um dos fundadores da UERN participando ativamente da criação do Curso de Serviço Social. Foi professor de Doutrina Social da Igreja no Instituto de Ciências Humanas, de Literatura Latina no Instituto de Letras e Artes e da disciplina Deontologia Médica no Curso de Enfermagem da URRN.
Na Coleção Mossoroense tem vários títulos publicados como: O mundo de hoje e a Igreja em Diálogo, 1971; Públio Virgílio Maro, 1972; Cícero: o homem e a obra, 1972; O trabalho humano, 1973; A pressão demográfica no Nordeste e a paternidade responsável, 1973; Em 1997 a Coleção Mossoroense publicou ainda a obra que lhe deu assento na Academia Mossoroense de Letras, intitulada – Alfredo Simonetti: a memória enaltecida; uma homenagem ao seu pai falecido como um jovem professor aos 39 anos.
Dinâmico e batalhador por natureza, Pe. Américo realizou em Mossoró, talvez a maior de suas obras, a criação da Rádio Rural de Mossoró. Com o apoio do seu Bispo D. Gentil Diniz Barreto trabalhou incessantemente para ver criada e instalada em 1963, a Rádio Rural.
É do conhecimento da população que, estando à frente da Rádio Rural Pe Américo mobilizou durante muito tempo a cidade e a região, com promoções como: A Feira da Providência, o Festival dos Municípios e o Concurso A Mais Bela Voz (conhecido como uma atividade de cunho artístico - cultural e de promoção dos valores da terra), além de gerenciar com lucidez e coerência o serviço de radiodifusão prestado pela Rádio Rural.
Para ele, a Rádio é, e sempre foi, um instrumento da Igreja a serviço da evangelização, da propagação da fé e da educação do povo. Para isso, a Rádio Rural começou alfabetizando jovens e adultos da região, através das Escolas Radiofônicas criadas pelo Movimento de Educação de Base.
Foi pela dedicação ao rádio e sua obstinação pelos seus objetivos que se tornou um líder entre os que dirigiam rádios católicas no Brasil. Conduziu reuniões das 03 rádios do Rio Grande do Norte, Rural de Natal e Rural de Caico; participou da UNDA em nível Nacional, foi parceiro da ALER e nos últimos tempos da RCR. (v. siglas).
Em 1980 foi nomeado Pároco da Paróquia de Santa Luzia onde tem exercido o seu ministério não só conforme os preceitos da Igreja, mas, de forma brilhante e criativa, haja vista as memoráveis Festas de Santa de Luzia, cuidadosamente preparadas e criteriosamente realizadas proporcionando viva participação da comunidade orante de Mossoró.
Em vida Pe. Américo promoveu o bem e assistiu pessoalmente com a caridade fraterna, a inúmeros amigos e fiéis. Sempre foi um homem ativo que esteve sempre à frente do seu tempo. Um sonhador também, talvez por isso, por ser uma espécie de Dom Quixote, faça-se dele, uma imagem equivocada.
Mas, Pe. Américo, a exemplo de seu Pai, Alfredo Simonetti, não esmoreceu. Sempre foi um empreendedor. Sua ação não passará jamais. Pe. Américo assumiu até pouco tempo, as tarefas e funções de: Consultor Diocesano, Cura da Catedral e Vigário Geral da Diocese.
Foi diretor e fundador do Curso Superior de Iniciação Teológica semente que está em processo de transformação na Faculdade de Teologia da Diocese. Com certeza muitas outras sementes também estarão germinando nesta terra de Santa Luzia, graças ao trabalho profético de Pe. Américo Simonetti.
Por: Carlos Skarlack do nomomento.com
Imagem: Blog da diocese de Mossoró
Nota do Blog: É uma notícia triste. Mossoró perdeu um ícone de luta e um grande contribuidor da Festa de Santa Luzia.
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