As entidades sindicais, movimentos sociais, e mandatos parlamentares organizam uma manifestação para a próxima terça-feira, 26, em Natal, em defesa da Petrobras e por uma nova legislação para o setor do petróleo. Durante o ato, os manifestantes vão dar um abraço simbólico à sede da Petrobras. A manifestação é em continuidade ao movimento nacional "Parar a Petrobras é parar o Brasil”, iniciado nesta quinta-feira, 21, no Rio de Janeiro, pela Federação Única e o sindicato dos petroleiros, junto com a CUT, UNE, Ubes, MST, entre outras entidades dos movimentos sociais.

As manifestações surgiram após a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito instalada (CPI) instalada no Senado Federal com a intenção de investigar se a estatal cometeu sonegação fiscal e se fez repasses irregulares de royalties a prefeituras.

Segundo a deputada Fátima Bezerra (PT), a mobilização vem reforçar a urgência de uma nova legislação para garantir o controle estatal e social sobre as reservas brasileiras de petróleo e gás. “Esse movimento é para defender a Petrobras e evitar que ataques à soberania nacional e denunciar o golpe que alguns senadores querem dar na Petrobras.”

Em relação à CPI da Petrobras instalada no Senado Federal, a deputada disse que a tentativa do PSDB é enfraquecer a Petrobras. “O que eles pretendem, na verdade, é abafar a discussão do marco regulatório da lei que rege o petróleo do Brasil e que a descoberta do pré-sal traz a urgência de novas regras para o setor que foi desregulamentado nos anos 90.”, criticou.

A idéia da CPI da Petrobrás já ganhou contornos partidários. O debate de 2010, não fica fora do debate da CPI. Nitidamente, quem defende a volta dos Tucanos ao poder central defende a investigação e quem quer Dilma daqui a dois anos nem ouvir falar em Comissão Parlamentar de Inquérito. A campanha de 2010 já começou. A briga agora é sobre quem terá o controle da CPI: Tucanos ou petistas.
Texto: Potiguar Notícias