O vereador Renato Dantas (PMDB) criticou hoje, novamente, a forma como o prefeito Carlos Eduardo Nunes Alves (PSB) vendeu a conta única do município, ressaltando que não era contra a operação, mas como a forma como foi feita, para, segundo ele, cobrir um rombo na Prefeitura Municipal de Natal. "O relatório que a secretária de Planejamento Virgínia Ferreira mandou para a Câmara Municipal de Natal, do qual eu tenho um cópia, é uma confissão de que a prefeitura tem um rombo de R$ 30 milhões", enfatizou.

Segundo Renato, quando soube da primeira explicação para onde se destinava parte do dinheiro da venda da conta, sobressaltou-se. "Quase não acreditei na informação que estava recebendo. O prefeito descumpriu a Lei e não provisionou o pagamento do 13º, perguntei?" Depois, ainda segundo o parlamentar, "Virgínia retrocedeu na informação e disse que era para pagar contrapartidas. "O negócio por lá é tão desencontrado que o próprio prefeito esqueceu de que havia antecipado o 13º", lembrou.

"Ele gastou mais do que arrecadou e isso é crime de responsabilidade fiscal", acusou. "Não somos contra o contrato com o Banco do Brasil. Eu mesmo quando presidente da Câmara Municipal de Natal fiz um contrato igual com o Banco do Brasil, mas dentro da legalidade, para conseguir montar em 47 dias a TV Câmara", lembrou. "Estamos contra a maneira como Carlos Eduardo fez a coisa, ao arrepio da lei. Ele negociou uma conta sem fazer nenhum levantamento do valor real que ela valia. Natal tem 19 mil servidores e a conta foi negociada por R$ 40 milhões.

Sobrou R$ 31 milhões por causa da multa. Macaé tem mais ou menos o mesmo número de servidores e negociou por R$ 65 milhões", argumentou.