Exatamente 30 dias após a morte do flanelinha Ítalo Ramon Dieb Toscano, 20 anos, morto na carceragem da Delegacia de Polícia Civil de Plantão de Mossoró com um tiro de revólver calibre 38 na cabeça, mais uma morte misteriosa mobiliza a cúpula da polícia civil no Rio Grande do Norte.

No início da tarde de ontem o deficiente mental João Batista Filho, 41 anos, morreu dentro de uma viatura da Polícia Militar a caminho do hospital regional de Assu. Segundo informações de agentes civis que atuam na delegacia do município, a vítima chegou à delegacia pedindo pra usar o banheiro e passou mal tendo que ser levado às pressas para o hospital.

De acordo com informações de policiais que estavam na delegacia, no momento em que tudo aconteceu, o deficiente apresentou uma crise nervosa foi socorrido e levado em uma viatura da Polícia Militar para o hospital, mas não resistiu e já chegou sem vida na unidade hospitalar. Porém, o delegado regional de Macau Cleiton Pinho que acompanhou a ocorrência em Assu, disse que a vítima tentou entrar a força na delegacia e foi imobilizado pelos policiais.

De acordo com o delegado, testemunhas disseram que no momento em que o deficiente foi imobilizado passou mal, foi conduzido ao hospital em uma viatura da PM e chegou à unidade sem vida. Cleiton Pinho ressaltou que uma comissão da Corregedoria de Polícia chegou pela manhã em Assu para apurar o caso e um delegado será designado para investigar se ouve excesso por parte dos policiais que prestaram socorro à vítima.

Cleiton Pinho adiantou que possivelmente será ele o delegado que irá conduzir o inquérito, e acrescentou que o laudo pericial emitido pelo Instituto Técnico Científico de Polícia de Natal (Itep), onde o corpo do deficiente foi examinado, apontou como causa da morte ataque cardíaco. "Tudo será devidamente investigado e todas as providências para esclarecer o caso já estão sendo dotadas", frisou.

fonte: correio da tarde