O Complexo Turístico Ilha de Santana ainda não foi inaugurado, pelo menos oficialmente, e já é alvo de uma investigação a ser desencadeada pela Promotoria do Patrimônio Público de Caicó. Seu titular, Vicente Elízio de Oliveira Neto, quer saber se realmente foram investidos, pelo Governo do Estado, os R$ 20 milhões previstos para a sua construção.

O promotor também vai investigar se todas as etapas foram cumpridas pela empresa M&K Construções, responsável pela obra. É assunto que ainda vai dar o que falar.

Após uma minuciosa pesquisa feita pelo Blog nos arquivos de notícias da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado, constatamos que no 17 de outubro de 2005, em uma de suas primeiras visitas ao Complexo Turístico, ainda em fase inicial de construção, a governadora apresentava o projeto original da Ilha.

O projeto previa a urbanização de uma área de 15 hectares, localizada entre o rio Seridó, Educandário Santa Teresinha e terras do patrimônio da Diocese de Santana, com a construção de estacionamentos, pontes, avenidas, parques e passarelas. O complexo valorizaria o artesanato, a culinária e a história da cidade de Caicó, além de incentivar as atividades culturais e artísticas, com a instalação de 38 boxes para a realização de oficinas de arte e lojinhas de artesanato e produtos regionais.

De acordo com a SIN, ainda estaria contemplado, no projeto, a construção de praça de alimentação, com restaurantes, sorveterias e lanchonetes, anfiteatro e camarins destinados à realização de eventos públicos e apresentações artístico-culturais. Haverá também ginásio dotado de quadra poliesportiva com dimensões oficiais e arquibancada com capacidade para 3 mil pessoas.

Outra atração da Ilha de Santana seria o complexo hoteleiro, que iria atender ao público visitante durante todo o ano, principalmente nos grandes eventos e festejos do calendário turístico de Caicó. O espaço seria composto por três pousadas, cada uma dispondo de 20 unidades de hospedagem, e localizado no início da avenida Beira Rio, na rótula do poço de Santana, próximo ao centro histórico-cultural, comercial e religioso da cidade.

fonte e texto: Marcos Dantas