Em Parnamirim, uma rápida análise do entorno da prefeita revela uma constatação preocupante: o mandato de Nilda e Kátia está se transformando em uma verdadeira fábrica de opositores. A gestão, ao invés de consolidar alianças, parece afastar antigos apoiadores enquanto tenta conquistar opositores notoriamente inacessíveis.

O núcleo próximo à prefeita está cada vez mais restrito — e não por critérios técnicos, mas por afinidades questionáveis. Como se diz em espanhol, trata-se de um grupo de “sospechosos”, enquanto os aliados históricos, “os de casa”, são gradativamente deixados de lado. Afinal, quem permanece onde não é bem-vindo?

Mais grave ainda: há pessoas ocupando cargos na administração municipal que, de forma escancarada, trabalham contra os interesses da própria gestão — e não são poucas.

A moral da história é clara, e o desfecho começa a se desenhar: a ausência de um “pedigree político” por parte de Nilda em Parnamirim a impulsiona a tentar deixar uma marca administrativa, uma espécie de "DNA político". No entanto, a condução atual da política local não apenas deixa a desejar, como também causa desconforto entre aliados, fortalece adversários, abre espaço para opositores estratégicos e alimenta vaidades internas. Há até secretários que parecem jogar nos dois lados.

Do outro lado, Kátia Pires — que, em tese, teria o tão falado “pedigree” — também não deve sustentar sua imagem por muito tempo. Apesar de aliada, a prefeita tende a centralizar cada vez mais o protagonismo político em torno de si.

Fica o alerta para Nilda e Kátia: a fábrica de opositores segue a todo vapor — e a cada dia entrega novos “produtos”.