Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (15), uma série de medidas para auxiliar o Rio Grande do Sul, estado severamente afetado pelos recentes temporais deste mês. Em um abrigo na cidade de São Leopoldo, a 40 km de Porto Alegre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhado de alguns ministros formalizou o pacote de auxílio.

Após conceder um alívio ao governo estadual ao suspender a dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos, o presidente concentrou-se em "colocar o dinheiro diretamente nas mãos do povo". Dessa forma, foi anunciado um pagamento via Pix no valor de R$ 5,1 mil para as pessoas afetadas, além da inclusão de 21 mil famílias no programa Bolsa Família.

Além disso, foram anunciadas medidas para os desabrigados pelas enchentes. Conforme o ministro Rui Costa, da Casa Civil, os habitantes do Rio Grande do Sul que perderam suas residências adquiridas pelos planos 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida, terão suas casas restauradas.

Aqui estão as medidas anunciadas:

- Pagamento de R$ 5.100 via Pix para todas as famílias com residências diretamente afetadas pela catástrofe;

- Liberação de saque calamidade do FGTS de até R$ 6.220;

- Inclusão de 21 mil famílias no Bolsa Família;

- Antecipação do pagamento do Bolsa Família para 17 de maio;

- Concessão de duas parcelas adicionais para quem recebe seguro-desemprego;

- Restituição do IR com antecedência para os contribuintes do RS;

- Abono salarial antecipado para maio para os trabalhadores habilitados, cujos empregadores estejam localizados nos municípios com reconhecimento federal de calamidade/emergência.

- Aquisição de imóveis para os desabrigados, com limite de valor máximo do imóvel, avaliado pela Caixa;

- Suspensão por seis meses das parcelas do Minha Casa, Minha Vida (MCMV);

- Ampliação do prazo para utilizar o saldo do FGTS para pagar parcelas em atraso do MCMV: de 6 para 12 meses;

- Carência de 180 dias para os novos contratos do MCMV.

Emprego

De acordo com o IG, presente na cerimônia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), também anunciou que se reunirá com representantes do BNDES para discutir a recuperação de empregos no Rio Grande do Sul.

"Nenhuma medida, isoladamente, será capaz de resolver o problema monumental que estamos enfrentando. Precisamos acumular ao longo dos dias os anúncios. Essa será uma tarefa longa. Devemos atender cada empresa, cada município, para a reconstrução", declarou.

"Para garantir empregos aos gaúchos, teremos uma reunião com os bancos, especialmente o BNDES, amanhã. Vamos nos encontrar também com os prefeitos. Esse trabalho será persistente até termos certeza de que temos todas as ferramentas necessárias. Tudo será feito de forma transparente e eficaz para restaurar o estado", acrescentou Haddad.