Fuga: Ministério da Justiça abre processo contra 10 servidores da penitenciária
Imagem: G1/RN

A Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, ordenou a abertura de Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD) contra 10 funcionários devido à fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Outros 17 serão obrigados a firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Deibson Nascimento e Rogério Mendonça escaparam da prisão de segurança máxima em 14 de fevereiro.

A decisão foi tomada com base no relatório que investigou a responsabilidade dos servidores da Penitenciária Federal de Mossoró na fuga dos detentos. A corregedora do sistema prisional, Marlene Inês da Rosa, determinou que ocorreram falhas nos procedimentos carcerários durante a fuga.

Além disso, foi estabelecido que os funcionários que assinarem o TAC não devem cometer as mesmas violações e devem participar de cursos sobre procedimentos.

Entre os punidos está o chefe da Divisão de Segurança da penitenciária, que enfrentará um PAD. Ele foi temporariamente afastado de suas funções em 20 de fevereiro, juntamente com os chefes das divisões de Inteligência e Administrativa, que não foram punidos.

A corregedora também iniciou uma nova Investigação Preliminar Sumária para continuar investigando as causas da fuga.

O relatório não será divulgado, de acordo com a corregedoria, para evitar prejudicar as novas investigações e procedimentos correcionais em curso.

A fuga completou 49 dias nesta terça-feira (2). A Força Nacional encerrou sua participação nas buscas na sexta-feira (29) e deixou a cidade de Mossoró, onde estava desde 23 de fevereiro. O Ministério da Justiça informou que o setor de inteligência será reforçado nesta nova fase de buscas.

Fuga

Rogério e Deibson fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró em 14 de fevereiro, durante a Quarta-Feira de Cinzas. Os dois detentos, originários do Acre e membros do Comando Vermelho, estavam na unidade desde setembro de 2023.

Esta foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).