Um mês após a fuga de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, o coronel da reserva da PM José Vicente, ex-secretário nacional de Segurança Pública, considera a continuidade das equipes de busca de várias forças federais e estaduais como uma despesa cara e "irracional".

Ele argumenta que as autoridades deveriam ter direcionado seus esforços para investigações, suspendendo as operações de busca ostensivas nas áreas rurais de Mossoró e Baraúna, no Oeste potiguar, já na segunda semana após a fuga.

Embora os custos diários da operação não tenham sido estimados, eles incluem diárias dos profissionais, salários regulares, combustível, despesas com helicópteros e outros equipamentos.

O Ministério da Justiça, ao ser questionado sobre os custos operacionais, não forneceu informações até o momento.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em entrevista nesta quarta-feira (13), afirmou que, embora o gasto seja considerável, é necessário para manter a segurança da população local, mas não revelou os valores envolvidos.

José Vicente destacou que é mais sensato reduzir o contingente de busca e aumentar o foco nas investigações, especialmente para rastrear as conexões dos fugitivos com o Comando Vermelho, a facção à qual pertencem.

Ele sugeriu que a polícia poderia aproveitar informantes que tenham conhecimento sobre a estrutura do crime organizado e possíveis colaboradores dos fugitivos.

Quanto ao paradeiro dos fugitivos, José Vicente considera difícil fazer uma previsão sem estar envolvido nas investigações, sugerindo que eles poderiam estar longe do Rio Grande do Norte, talvez até mesmo em outros estados.

Lewandowski, por outro lado, afirmou que a força-tarefa de busca acredita que os fugitivos ainda estão na região Oeste do Rio Grande do Norte, considerando isso como um sucesso das ações policiais.

Após 30 dias de buscas intensivas, várias ocorrências foram registradas, incluindo invasões a residências e roubo de pertences. Houve prisões de suspeitos relacionados à fuga e tentativas de auxiliar os fugitivos.

Apesar de avanços nas investigações, os fugitivos ainda não foram recapturados, mantendo as autoridades em alerta.

O portal G1 fez um infográfico mostrando como foram esses 30 dias. acompanhe aqui