Imagem: Prefeitura do Guamaré

A realização da prova do concurso público do município de Guamaré, na Região Costa Branca do Rio Grande do Norte, marcada para este domingo (10), foi abruptamente suspensa devido a um erro na impressão das folhas de resposta. A Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Norte (Funcern), responsável pela organização do certame, comunicou a suspensão, causando revolta entre os mais de 13 mil candidatos, que foram informados do problema apenas nos locais de prova.

A Funcern explicou que a suspensão se fez necessária porque as folhas de respostas distribuídas nos locais de prova continham apenas 30 questões objetivas, enquanto o edital previa a realização de provas com 50 questões objetivas.

A prefeitura de Guamaré foi informada do erro pela Funcern por volta das 7h deste domingo e iniciou um procedimento administrativo para apurar as responsabilidades da fundação no ocorrido. O município expressou surpresa diante da falha, considerando que a Funcern, após procedimento regular, foi contratada por sua comprovada experiência na elaboração e aplicação de provas para concursos públicos.

Diante da situação, a prefeitura de Guamaré decidiu instaurar um procedimento administrativo para apurar as responsabilidades da Funcern, visando à reparação dos danos aos candidatos e aos cofres públicos. Nas redes sociais, candidatos manifestaram revolta, descrevendo o erro como "grotesco" e "amador", e questionaram se a Funcern irá ressarcir aqueles que se deslocaram de outras cidades para realizar as provas, investindo dinheiro em transporte, hospedagem e alimentação.

A Funcern assegurou que trabalhará junto ao Município de Guamaré na edição de retificação do edital e na publicação de um novo cronograma para a aplicação das provas, comprometendo-se a realizar o processo "o mais brevemente possível". A prefeitura de Guamaré destacou sua intransigência quanto à urgente definição da aplicação de uma nova prova pela Funcern. A Funcern informou que comunicará o ocorrido ao Ministério Público do RN, reiterando sua disposição em prestar informações sobre a suspensão forçada das provas.