Operação Plata desencadeada em fevereiro deste ano, cumpriu mandados em oito estados brasileiros e no Distrito Federal. 


A Justiça do Rio Grande do Norte recebeu uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual, acusando sete pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. A operação investigou a suspeita de que o grupo tenha lavado mais de R$ 23 milhões provenientes do tráfico de drogas, por meio de aquisição de imóveis, rebanhos bovinos e até por meio de instituições religiosas.

Segundo a denúncia, os réus se uniram para lavar o dinheiro por meio da transação de imóveis, depósitos não identificáveis e distribuição de dinheiro em espécie. A investigação do MPRN mostrou que pessoas com baixa ou nenhuma renda declarada movimentaram milhões de reais sem justificativa aparente.

Além disso, as provas colhidas mostraram que o grupo discutia como manter um dos "negócios" ativos após a prisão de um dos investigados por uso de documento falso, em grupos de WhatsApp. As operações financeiras tinham como alvo o Rio Grande do Norte, mas envolviam agentes de mais de um terço dos estados do país.

Outra característica notável da investigação é que alguns dos investigados atuavam como "provedores sociais", financiando eventos públicos, tentando estabelecer laços políticos e construindo uma imagem de benfeitores sociais - tudo com recursos provenientes de atividades ilícitas.