Um grupo de especialistas e jornalistas argentinos realizou na tarde desta sexta-feira (4) uma coletiva de imprensa sobre o resultado das eleições no Brasil.

Siga nosso canal no Youtube - @noticiasdorn e no Instagram

Veículos de imprensa brasileiros e do exterior foram convidados para acompanhar a apresentação que foi feita utilizando os dados públicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os organizadores informaram no convite que as informações apresentadas foram levantadas por uma auditoria privada. O texto fala em “anomalias” encontradas nas urnas eletrônicas do primeiro e do segundo turno nas eleições.

– Este relatório deve ser divulgado da Argentina, pois por ordem do TSE, nenhum meio de comunicação ou grupo privado de pessoas pode divulgar informações que ponham em dúvida o resultado eleitoral deste ano – explica o grupo.

Após a coletiva de imprensa, os organizadores divulgaram a documentação que foi levantada por eles com os conjuntos de dados encontrados, assim como as instruções para que outros especialistas possam fazer a mesma análise.

O especialista Fernando Semedo foi quem apresentou o levantamento feito comparando as urnas de 2020 que podem ser auditadas, com os modelos anteriores que não podem ser auditados.

O dossiê do argentino é baseado em um relatório apócrifo que vem sendo compartilhado na internet há dias. 

Além disso, circulou em redes sociais de militantes extremistas um falso ofício do Ministério da Defesa dando um ultimato ao TSE. No ofício, é feita cobrança resposta para supostas fraudes até às 16h desta sexta-feira, dia 4. 

Além de ter erros de gramática, o documento é assinado pelo general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, como comandante-geral do Exército, cargo que não ocupa desde 1º de abril. 

O Exército disse se tratar de montagem. Atualmente, o general é ministro da Defesa.

A narrativa falsa ganhou as redes bolsonaristas e mobilizou grupos que ainda se organizam para bloquear as estradas e se concentrar nas cercanias de instalações militares para pedir a intervenção do Exército em um golpe de Estado.