Quem acompanha a história da política de Patu, sabe que não é difícil descrevê-la pois assemelha-se muito com outras cidades interioranas do estado. Na década de 80, um médico em ascensão profissional é impulsionado por sua família (maioria na cidade) para se candidatar. A família utiliza toda sua força de vontade para colocar no poder aquele que considera o seu representante.  



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Imagem: Patu Vê Aqui
Esse é um resumo de como iniciou a vida política de Dr. Ednardo Moura. Médico de Patu que teve sua família como alicerce para chegar ao poder e junto com a profissão que exercia um assistencialismo no qual, juntos, criaram a sua imagem de "líder".

Acontece que dos anos 80 para cá muita coisa mudou. Antes muito precisava ser feito, faltava qualificação, universidades, pessoas formadas, idéias e inovações. Hoje, qualquer um tem em suas mãos duas armas: A comunicação e a informação.  

Baseado na comunicação foi possível obter a informação, ou viceversa, e essas duas, juntas, fizeram não só os patuenses, mas o mundo inteiro mudar. Digamos que antes era difícil ter uma pessoa preparada para exercer a função executiva em um cargo público, no entanto, hoje, acontece um fenômeno onde o conhecimento chega às pessoas de uma forma em que as tornaram mais críticas. 

Antes era fácil. Bastava dizer que iria investir em saúde e educação e a população aplaudia, hoje os eleitores já indagam como será feito, com que verba, quem administrará ou que prioridades nos gastos públicos o gestor irá eleger. Em resumo está difícil ser prefeito nos dias de hoje. 

Identidade familiar

No caso de Ednardo Moura a situação vem se complicando muito pelo fato da sua familia aos poucos estar deixando a cidade e consequentemente perdendo a imagem da década de 80. Na verdade essa "liderança" sempre foi construída com o apoio dessa família que, sendo maioria na cidade, também são cidadãos e fazem parte da população, com os mesmos anseios e necessidades de qualquer outro local. 

Grupo dividido

Devido aos avanços na comunicação e informação já mencionadas anteriormente, o grupo que elegeu como seu pseudo-líder Dr. Ednardo, hoje é mais exigente e não aceita as imposições antes realizadas pelo "Doutor". Segundo nos confidenciou uma fonte, essa liderança de Ednardo sempre foi autolimitada, ou seja, ele possuia o título de líder, porém, não executava, na prática, sua liderança, ficando apenas resumido ao assistencialismo de sua profissão no qual costumam chamar na cidade de "serviço prestado".

Essa falta de empatia pelo grupo deixou uma grande lacuna que resultou em divisão. "não aceitamos mais tudo pronto sem poder opinar ou participar mais ativamente do processo político...." disparou um ex-membro do grupo ao se referir que a maioria das escolhas eram feitas por Ednardo sem consultar, muitas vezes, o grupo, ou ao utilizar sua força, adquirida, com o tempo, para impor sua idéia. "Seu projeto ficou aparentemente mais voltado para questões individuais do que para as coletivas", completou.

Entregue à sorte

Devido às proximidades das eleições está surgindo no grupo da situação, uma forte vontade de, das duas uma, ou tentar voltar às origens lançando Ednardo como candidato à prefeito daquela cidade ou fortalecer a sua liderança, que pouco a pouco, está castigada pelos erros cometidos durante os anos. 

Com o grupo dividido e boa parte da família não mais apoiando a alcunha de "líder" Ednardo volta para um patamar onde a sorte pode, ou não, estar ao seu lado e, na atual conjuntura fica difícil saber se essa imagem de líder, criada, conseguirá ser sustentada por muito tempo. 

Aguardemos!!