José Serra vem de dois projetos –o presidencial de 2010 e o municipal
de 2012— que fizeram água. Isso torna líquidas todas as suas pretensões
futuras ou liquida com elas? A dúvida atormenta o PSDB. A maioria da
legenda avalia que Serra e suas ambições são águas passadas. O grupo de
Serra, hoje minoritário, acha que ele e seu cesto de votos ainda podem
mover moinhos.
A caminho de uma convenção apresentada como uma espécie de Rubicão
partidário, o PSDB chega às margens de 2014 disposto a virar a página de
sua divisão interna. Pra trás. Alijado da composição da nova direção da
legenda, Serra ameaça abandonar o navio. Presidente do PPS, o amigo
Roberto Freire convida-o a embarcar numa canoa feita a partir da fusão
do ex-PCB com o nanico PMN.
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Os tucanos ruminam a suspeita de que Serra faz bico para chamar a
atenção. Mas não teria peito para levantar voo. Pelo sim, pelo não o
presidenciável Aécio Neves, na bica de assumir, em maio, o comando do
partido deve avistar-se com Serra nesta segunda-feira (18).
Diz-se que Aécio proporá a Serra uma harmonização dos respectivos
interesses. Fará o gesto a uma semana de um ato político vendido como
divisor de águas. Num evento prestigiado por FHC e pelo governador
Geraldo Alckmin, o mineiro Aécio seria festejado pelo PSDB de São Paulo
como uma quase unanimidade partidária. Marcada para o próximo dia 25, a
pajelança como que se liquefaz em dúvidas.
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