Do Tribuna do Norte
A auditoria da Secretaria Estadual da Saúde Pública do Estado (SESAP) identificou outras situações de irregularidades no Hospital da Mulher de Mossoró (Hospital Materno-Infantil Parteira Maria Correia) que chamam a atenção.
Há uma contradição entre o custo da folha de pessoal do Hospital da Mulher e os repasses para a empresaSalute Sociale, que era responsável pelo fornecimento e gestão de recursos humanos da unidade de saúde.
Enquanto a folha custava em torno de R$ 325 mil por mês, os repasses para a Salute Sociale nos quatro meses de contrato sob análise da auditoria foram de R$ 2,4 milhões, todos eles em abril deste ano.
Uma operação matemática simples demonstra que a folha de pessoal custou de fato nesse período R$ 1,3 milhão, o que significa R$ 1,1 milhão a mais de repasse nos quatro primeiros meses de contrato. “Concluímos a existência de uma disparidade entre os valores transferidos para custeio da folha de pagamento”, diz o relatório preliminar de auditoria.
Rapinagem
Esse dado tem como complemento uma análise acerca da projeção feita da demanda de pessoal e de atendimentos.
O orçamento de gasto com pessoal presente no estudo para implantação do Hospital da Mulher é de R$ 890 mil para 363 funcionários. Como já foi demonstrado, o gasto mensal de fato é menor que a metade do orçado, em torno de R$ 325 mil.
Fontes da Secretaria Estadual de Saúde informam que o número de funcionários do Hospital da Mulher nunca chegou aos 363 presentes no planejamento. Além disso, a demanda da unidade de saúde não acompanhou o planejamento do Governo do Estado.
A previsão mensal presente em documento assinado pelo secretário de saúde à época, Domício Arruda, era de 370 partos por mês.
Contudo, em março e abril foram realizados 91 e 130 partos respectivamente.
Por Carlos Santos
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