Willen Moura
Psicólogo Willen Moura
Com intuito de tentar entender os aspectos psicológicos que permeiam a Família Thies e a motivação de terem matado, de forma cruel, e ocultado o cadáver de Andréia Rodrigues (ver matéria), nossa equipe falou na segunda-feira(19), um dia antes do início do julgamento, com o Psicólogo Willen Moura.

O que nos chamou a atenção foi o fato do psicólogo, por inferência, ter avaliado que os Thies podem ter manipulado toda a vida do filho Andrei. Na sua fala, há época, o psicólogo diz que não poderia afirmar ou dar um diagnóstico sem realizar uma análise mais pontual, porém, acredita que as características da família Thies, com informações acompanhadas pela mídia, leva a uma hipótese de que não necessariamente o filho, Andrei, seria o Psicopata. Ele destaca que a Psicopatia é uma disfunção comportamental que não se encaixa exatamente num critério de doença devido ao fato de não ter cura.

Diagnóstico de Psicóloga de Andrei é semelhante ao relatado na matéria do Notícias do RN

Na matéria, que foi publicada na segunda-feira, o Psicólogo nos falou que o caso de Andrei era mais difícil de realizar uma caracterização, pois, segundo o profissional, um indivíduo pode matar alguém sob forte impulso emocional e não necessariamente ser um Psicopata.


Essa fala foi justamente a mesma apresentada no diagnóstico, dois dias depois, da Psicóloga que acompanhava o sargento Andrei Tatiane Guedes pelo qual, em depoimento, disse: “Andrei.... é um homem impulsivo, com dificuldade de controlar as emoções”.

Os pais de Andrei e a Psicopatia
Família Thies. Foto: Tribuna do Norte
 O delegado que acompanhava o caso, há época, Raimundo Rolim falou à uma reportagem de Jornal que Andrei era um homem manipulado pelos pais e ainda destacando que ele não havia perdido o “cordão umbilical” mesmo depois de adulto. Na matéria de Segunda, o Psicólogo lembrou de um fato curioso dos pais serem praticamente sustentados por Andrei e que, segundo a polícia, era o responsável por arcar com as despesas principalmente do pai e da mãe, fato esse que poderia ter motivado a família a não gostar de Andréia e, com o anúncio da possível separação deveria aumentar as despesas do sargento com pensão.

O psicólogo destacou que o filho pode ter sido vítima “de um lar com pessoas de comportamento disfuncional”, ou seja, uma família com relações de poder capazes de gerar comportamentos ou pensamentos disfuncionais. “Focaram o pensamento só no Andrei, mas esqueceram que os pais podem ter manipulado o filho durante boa parte da vida” e “uma vez psicopata sempre psicopata”, destacou o Psicólogo dizendo que era apenas uma hipótese e que não se poderia exatamente afirmar o que aconteceu naquele dia tão terrível na vida de Andreia.

Ele fez questão de registrar que não estaria afirmando qualquer coisa sobre eles apenas analisando, de forma simplista e subjetiva, um caso que foi destaque nos principais jornais do estado e na mídia nacional.