Gostaríamos de reproduzir esse texto do conceituado Jornalista Roberto Guedes sobre a questão dos protesto contra Micarla de Sousa. O que mais chama a atenção neste texto é que conseguiu mostrar a real, alertar para a forma considerada correta de se fazer oposição e, o mais importante, sem atacar os envolvidos nos protestos.Parabéns!
TEXTO:
A preparação para estes dias, em diferentes pontos de Natal, de movimentos nivelados sob o título "Fora Micarla" impõe algumas reflexões, considerando-se que a evolução poderia chegar à decisão sobre seu "impeachment". Duas perguntas se impõem: primeiro: A que servem estes eventos? Segundo: Quem tem coragem para assumir o papel de idealizador e organizador da orquestração?
Não vem ao caso a incompetência gerencial que Micarla esbanja em Natal. Ela já recebeu inúmeras demonstrações de que a imensa maioria da população lhe atribui nota baixíssima como gestora.
O que interessa é saber se por trás dessa movimentação existem censos críticos que, com isenção eleitoreira, apenas pedem uma gestão efetivamente voltada para o que Natal merece e há muito não recebe, em termos de administração e investimentos governamentais idealizados para melhorar a qualidade de vida da população. Pois o comando da ofensiva pode defender interesses de forças políticas que apenas almejam substituir Micarla no trono desta capital, numa mera troca de guarda pelas velhas elites norte-rio-grandenses.
Pedir a cabeça da prefeita, verdadeiro pau de lata da política potiguar, virou coisa corriqueira. Contudo, é necessário considerar que Micarla exerce mandato constitucionalmente conquistado e com prazo de validade previsto na norma. Falar em expulsá-la da prefeitura é mobilizar forças da população em função de interesses que não se alinham no topo das prioridades de Natal.
E é também tentar chegar a um extremo em termos de ruptura do processo político.
Houvesse no Brasil o sistema de "recall" político, poder-se-ia imaginar que Natal estivesse em plena campanha para avaliar definitivamente o mandato de Micarla e mandá-la para casa ao cabo da primeira metade, como ocorre em alguns países. No caso natalense, o que a população deve fazer é ampliar sua interação com a prefeitura, no sentido de aplicar boas lentes sobre o que ela faz, acompanhar a atuação governamental, apensando-lhe qualidade cidadã e cobrando o melhor desempenho, sem nada que nem de longe sugira tentativa de apropriação indébita dos queixumes populares em benefício de outros grupos eleitorais.
Mercê das regras eleitorais vigentes no Brasil, sem truncamentos institucionais o verdadeiro "fora Micarla" não pode ser exercitado agora, e sim nas eleições de 2.012. Até lá, a população deve procurar evitar a sua transformação em simples bucha de canhão.
Se votou mal ao eleger Micarla, Natal precisa pagar o preço da escolha e aprender a votar nos próximos pleitos.
Não vem ao caso a incompetência gerencial que Micarla esbanja em Natal. Ela já recebeu inúmeras demonstrações de que a imensa maioria da população lhe atribui nota baixíssima como gestora.
O que interessa é saber se por trás dessa movimentação existem censos críticos que, com isenção eleitoreira, apenas pedem uma gestão efetivamente voltada para o que Natal merece e há muito não recebe, em termos de administração e investimentos governamentais idealizados para melhorar a qualidade de vida da população. Pois o comando da ofensiva pode defender interesses de forças políticas que apenas almejam substituir Micarla no trono desta capital, numa mera troca de guarda pelas velhas elites norte-rio-grandenses.
Pedir a cabeça da prefeita, verdadeiro pau de lata da política potiguar, virou coisa corriqueira. Contudo, é necessário considerar que Micarla exerce mandato constitucionalmente conquistado e com prazo de validade previsto na norma. Falar em expulsá-la da prefeitura é mobilizar forças da população em função de interesses que não se alinham no topo das prioridades de Natal.
E é também tentar chegar a um extremo em termos de ruptura do processo político.
Houvesse no Brasil o sistema de "recall" político, poder-se-ia imaginar que Natal estivesse em plena campanha para avaliar definitivamente o mandato de Micarla e mandá-la para casa ao cabo da primeira metade, como ocorre em alguns países. No caso natalense, o que a população deve fazer é ampliar sua interação com a prefeitura, no sentido de aplicar boas lentes sobre o que ela faz, acompanhar a atuação governamental, apensando-lhe qualidade cidadã e cobrando o melhor desempenho, sem nada que nem de longe sugira tentativa de apropriação indébita dos queixumes populares em benefício de outros grupos eleitorais.
Mercê das regras eleitorais vigentes no Brasil, sem truncamentos institucionais o verdadeiro "fora Micarla" não pode ser exercitado agora, e sim nas eleições de 2.012. Até lá, a população deve procurar evitar a sua transformação em simples bucha de canhão.
Se votou mal ao eleger Micarla, Natal precisa pagar o preço da escolha e aprender a votar nos próximos pleitos.
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