O secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, Aldair da Rocha, acredita que o bom senso prevaleça e que a paralisação de advertência, iniciada hoje por policiais civis, termine após a reunião que terá nesta quinta-feira (12), com a presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol), Vilma Marinho Cezar.


Acompanhado do delegado geral de Polícia Civil, Ronaldo Gomes, e do delegado geral-adjunto de Polícia Civil, Cristian Medeiros, o secretário Aldair da Rocha concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (11), em seu gabinete, onde considerou justas as reivindicações dos policiais, garantindo que o Governo do Estado se esforçará para atendê-las.

Na pauta de reivindicações apresentada pelo Sinpol, a categoria solicita a substituição das "quentinhas" servidas aos policiais por vale-alimentação e ainda a contratação de serviço terceirizado de limpeza para todas as unidades da Polícia Civil do Rio Grande do Norte. O secretário Aldair da Rocha disse que, sobre a alimentação, já está sendo feito um estudo financeiro no orçamento da Polícia Civil, para que o pedido seja atendido. O delegado geral Ronaldo Gomes anunciou que já está sendo providenciada a licitação, para que uma empresa de limpeza seja contratada, beneficiando, inicialmente, trinta unidades da Polícia Civil na capital e na Grande Natal. O secretário Aldair da Rocha ressaltou que será a primeira vez que o Estado contratará profissionais especializados para o serviço de limpeza em unidades policiais. "Os governos passados nunca tiveram essa preocupação e policiais terminavam fazendo esse tipo de serviço, mas a atual gestão do Governo do Estado garante que implantará esse serviço de limpeza feito por empresa especializada. E sobre a questão das 'quentinhas', também estamos providenciando o vale-alimentação, para evitar que os policiais enfrentem essa situação", disse Aldair da Rocha.

O Sinpol ainda reivindica a remoção de todos os presos das delegacias de Polícia Civil, assunto que está sendo tratado pelo secretário Aldair da Rocha com o secretário de Estado da Justiça e da Cidadania, Thiago Cortez. "Converso todos os dias com o secretário Thiago Cortez, nosso trabalho está muito relacionado, mas ainda temos o problema de falta de vagas no sistema carcerário do Estado, que será resolvido somente com a construção de presídios e cadeias públicas. Estamos nos esforçando, e a sociedade sabe disso, para melhorar as condições de trabalho dos nossos policiais. Não falta vontade para resolver a situação. Recentemente, tivemos uma melhora, mas as polícias estão trabalhando, prendendo bandidos, e as delegacias voltam a abrigar os presos, o que é prejudicial para o trabalho dos policiais, mas vamos lutar para melhorar esse quadro", garante o titular da Sesed.

Sobre a nomeação e posse dos agentes, escrivães e delegados de Polícia Civil, um dos principais pontos reivindicatórios do Sinpol, o secretário Aldair da Rocha ressaltou que o tema está sendo analisado pelo Gabinete Civil e pela Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças (Seplan). "O Sinpol sabe que a convocação desse pessoal depende da situação econômica do Governo do Estado, que não pode ultrapassar o limite prudencial, mas sabemos que ainda neste mês de maio será feita uma análise do orçamento do Estado, para saber se existe a possibilidade da convocação. Entendemos o anseio de quem fez o concurso, passou pelo curso de formação e espera a convocação, mas eles também precisam entender que existe uma legalidade a ser cumprida pelo Governo", esclareceu Aldair da Rocha.


O secretário Aldair da Rocha reforça o empenho da governadora Rosalba Ciarlini em proporcionar melhores dias para os potiguares e acredita que o bom senso vai prevalecer: "Vou conversar com a presidenta do Sinpol novamente. Já conversei com ela e fiquei satisfeito com o diálogo. Ela mostrou-se interessada em participar efetivamente desse novo momento da Segurança Pública no Estado e acredito que esse movimento de advertência será terminado, para que tudo volte à normalidade. Dos pedidos feitos, atenderemos o que for possível, dentro da legalidade, de forma a não prejudicar a sociedade do Rio Grande do Norte. Temos os policiais como parceiros do nosso trabalho e essa parceria beneficia os cidadãos, que se sentem bem quando o serviço oferecido é de qualidade".