VESTIBULAR UFRN
Audiência Pública visa debater a
fragilidade do Argumento de Inclusão
Alunos e professores questionam a credibilidade do
resultado dos últimos cinco anos do exame
 
Para debater a polêmica da utilização do Argumento de Inclusão no vestibular da UFRN foi marcada na última sexta-feira (25), uma audiência pública na Câmara dos Vereadores de Natal para o dia 16 de março, às 9h. O Overdose Colégio e Curso lamenta a polêmica em relação ao 1° Lugar de Geral do vestibular da UFRN, Antônio Gomes. Mas a circunstância foi importante para trazer à tona a fragilidade da Comperve em relação ao Argumento de Inclusão utilizado para beneficiar alunos da rede pública.
 
"Entre os alunos e professores, só se fala da falta de confiança do resultado dos últimos cincos anos de vestibular. Afinal, casos como o de Antônio podem ter ocorrido várias vezes e não terem sidos identificados. Nesse contexto, fica a nossa preocupação em buscar uma solução para que o próximo exame tenha credibilidade e aprove realmente, os que obtiverem os melhores resultados e estejam mais aptos para ingressar na Universidade", explica Carlos André, diretor do Overdose Colégio e Curso.
 
A audiência foi marcada depois da campanha feita pelos alunos e professores via twitter, onde a tag #Audiencia_Argumento_Inclusao ficou entre as mais comentadas do microblog em Natal. Além do 1º lugar de Medicina, outro caso de falha também foi detectado pela UFRN e ambos só foram analisados após denúncias anônimas. Somente após a verificação dos casos a universidade decidiu investigar a legalidade dos demais alunos aprovados este ano a partir do Argumento de Inclusão. As aulas do primeiro semestre da universidade começaram esta semana, mas uma comissão composta por funcionários da UFRN ainda está investigando outros seis possíveis casos de fraude.
 
"No ano passado, oito mil estudantes pediram o Argumento de Inclusão, destes apenas 700 foram aprovados. Uma diferença tão grande, que mostra a necessidade de esclarecer mais o tema. Por isso, acredito que a Universidade precisa discutir o assunto com alunos e professores que são os principais interessados. Defendemos que o processo seja o mais transparente possível e que não hajam injustiças", disse o professor.

 Foto: Canindé Soares