Foto: Terra
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO 


A terceira colocada na eleição presidencial, Marina Silva (PV), oficializou na tarde deste domingo a opção pela neutralidade no segundo turno, como a Folha antecipou neste domingo.
Em votação simbólica, a ex-presidenciável referendou a posição para a nova etapa da corrida presidencial. 


Dos cerca de 170 votantes, apenas quatro declararam apoio a Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). Mesmo Fernando Gabeira, o candidato derrotado ao governo do Rio que contou com o apoio do tucano no primeiro turno, preferiu a independência do partido. 

Individualmente, os filiados serão liberados para aderir às campanhas da petista ou do tucano. É o que Gabeira faz ao endossar a candidatura de Serra. 

"O fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade quanto aos rumos desta campanha", disse Marina, na convenção do PV em São Paulo, num espaço cultural na Vila Madalena. 

Ela leu carta aberta com críticas ao que chamou de "dualidade destrutiva" entre PT e PSDB.
Segundo Marina, os dois partidos pregam a "mútua aniquilação" na disputa entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). 

"A agressividade do seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma política de paz", atacou a senadora. 

A verde prometeu, ainda, defender sua fé --ela é evangélica-- sem contudo usá-la "como arma eleitoral".