O Partido Verde que tem como presidente estadual a Prefeita de Natal Micarla de Souza não está tão unido como em eleições pretéritas.

Semanas atrás, o vereador natalense Paulo Wagner, campeão de votos na última eleição municipal, esbravejou que estaria sendo boicotado pelos que fazem o partido, principalmente no que tange a sua propaganda no rádio e TV.

Para Wagner, que concorre a uma vaga na câmara Federal, a produção do programa eleitoral estaria editando trechos de sua inserção e, por conseguinte seu nome e número não estariam indo ao ar prejudicando sensivelmente sua candidatura.

Passada esta tormenta, semana passada a prefeita fora acusada de reunir os cargos de confiança da prefeitura do Natal e pedir votos apenas para dois candidatos do partido. Seriam eles o marido e a irmã de Micarla que nestas eleições concorrem respectivamente a uma vaga na Assembléia Legislativa e Câmara Federal.

Na oportunidade, a prefeita fundamentava seu pedido na justificativa de que aquelas pessoas estariam empenhadas em sua gestão.

Diante deste fato, mais um incêndio foi deflagrado. Apoiadores de Paulo Wagner, indagaram se o vereador não estaria se empenhando naquela casa legislativa pelo sucesso da gestão verde e principalmente no apoio a população necessitada de Natal.

“Paulo Wagner é o único vereador que vem defendendo sistematicamente a gestão de Micarla”. Disse um de seus apoiadores.

Outro que não gostou nada do episódio foi o deputado também do PV Gilson Moura, que tenta renovar sua cadeira na Assembléia Legislativa. Uma fonte ligada ao deputado disse que o mesmo chegou a externar sua insatisfação a própria prefeita.

Francisco Jorge Neto, observador da cena política do nosso estado, disse que a prefeita não acertou ao conclamar seus cargos de confiança a votarem em seu Marido o radialista Miguel Weber e na sua Irmã a ex-secretária Rosy de Souza.

Para Neto, apesar de não enxergar qualquer ilegalidade na atitude da prefeita, existe naquele pedido um problema ético, haja vista que Micarla é a presidente estadual de um partido e como tal, deveria sim pedir apoio da gestão aos candidatos que fazem parte de seu quadro partidário e não somente aqueles de seu núcleo familiar.

“o problema da reunião foi muito mais ético do que uma questão legal”, assegurou Jorge Neto.

Bombardeada por todos os lados, a prefeita parece que decidiu partir para o ataque. Em recentes entrevistas têm elevado o tom do discurso, atirando naqueles que ela considera seus adversários.