Duas irmãs adolescentes, uma de 14 e outra de 17 anos, foram abusadas sexualmente na noite de quinta-feira, no conjunto Nova Natal, zona Norte de Natal. Elas estavam indo para a escola e foram abordadas por um homem armado, que as conduziu até uma casa abandonada. Segundo moradores do local, estupros na região estão sendo comuns há alguns meses.
Adriano AbreuVítimas de estupro são menores de idade e passaram por exames no Itep. O rapaz que cometeu o crime conseguiu fugirVítimas de estupro são menores de idade e passaram por exames no Itep. O rapaz que cometeu o crime conseguiu fugir
Moradoras do conjunto Cidade Praia, no bairro de Pajuçara, as duas irmãs costumam passar pelo local com frequência. No entanto, na quinta-feira, por volta das 18h40, um homem de camisa branca, bermuda florida e boné também branco se aproximou das duas e, mostrando uma pistola, anunciou um assalto. “Ele mandou a gente passar pelo arame farpado que tem na frente da casa abandonada”, afirmou a jovem de 14 anos.

O homem e as duas meninas foram até o quintal da casa - que é interligado com os fundos de outras três casas - e lá aconteceram os abusos sexuais. “Havia algumas pessoas perto, mas ninguém viu a gente porque era muito escuro lá, embaixo de algumas árvores. Ele não usou preservativo e ainda mandou minha irmã cantar uma música do Grafit enquanto abusava da gente. Foi horrível”, afirmou a vítima mais jovem.

Depois dos estupros, o homem se vestiu e ainda pegou o celular de uma das meninas, mas acabou deixando-o cair pelo caminho - o celular foi encontrado na manhã de ontem, no quintal da casa. O estuprador mandou as duas ficarem lá enquanto ele fugia a pé e, só depois, as irmãs buscaram ajuda, na casa da sogra da mais velha que, inclusive, já tem um filho de dois anos e mora com o namorado.

“Ele falou que já estava nos observando há muito tempo e que sabia onde a gente morava. Disse que se chamássemos a polícia, mataria a gente”. No entanto, as duas meninas foram ate à delegacia de Plantão da Zona Norte, registraram a queixa e, no outro dia, foram ao Itep, passar por exames.

Na rua onde aconteceram os abusos, ninguém viu nada. “Acho muito estranho a ousadia desse cara, pois aqui atrás moram dois policiais. É muita coragem”, afirmou um dos moradores. Uma outra mulher que também mora na rua, disse que há cerca de duas semanas, aconteceu algo parecido. “Parece que esse homem já vinha agindo por aqui. É um tal de cigano. Se eu vê-lo, reconheço, com certeza”, afirmou a menina.