A iniciativa do governo federal de reduzir a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) começa surtir efeito em Natal, com postos diminuindo o preço da gasolina, desde o final de semana passado. O preço mais comum do combustível praticado na cidade passou de R$ 2,83 para R$ 2,79 e aqueles motoristas com disposição para pesquisar podem encontrar o litro da gasolina por até R$ 2,66. O decreto que determina a redução no tributo até o próximo dia 30 de abril foi publicado no Diário Oficial da União, na edição de sexta-feira da semana passada.

Marcelo BarrosoPreço mais comum é R$ 2,79, mas há postos, como este na Hermes da Fonseca, que praticam R$ 2,69Preço mais comum é R$ 2,79, mas há postos, como este na Hermes da Fonseca, que praticam R$ 2,69
Para o Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo (Sindipostos), a expectativa gerada com a redução da Cide está sendo confirmada. Em nota à imprensa, a entidade afirma esperar que as distribuidoras repassem integralmente a redução no imposto e, dessa forma, os consumidores encontrem preços menores no mercado.

De acordo com a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), a medida deve ser responsável, inicialmente, pela redução de  R$ 0,10 por litro nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, nos quais se utiliza como base de cálculo a Margem de Valor Agregado (MVA). Nos demais estados brasileiros, o cálculo é feito pelo Preço Médio Ponderado Final (PMPF) e o custo de distribuição deverá ser reduzido em R$ 0,06.



Em nota divulgada pela Petrobras Distribuidora, a companhia informa que repassou aos seus terminais e bases, responsáveis pela venda de gasolina C à rede de postos de bandeira BR em todo país, a redução de R$ 0,08 por litro de gasolina. A companhia diz ainda, acreditar que o reflexo da decisão deverá poder ser visto nos postos em breve.

Preços

Na segunda-feira da semana passada, os motoristas natalenses foram surpreendidos com uma alta nos preços da gasolina e do etanol. Na ocasião, o litro da gasolina, que era encontrado por R$ 2,69 na maioria dos postos da capital, passou a variar entre R$ 2,80 e R$ 2,86, com o preço mais frequente tendo ficado em R$ 2,83.

A alta de cerca de R$ 0,14 no preço do combustível provocou uma série de reações entre a população da capital norte-riograndense. O mais comum foi a disseminação de informações a respeito de onde encontrar os menores preços na capital, por meio de ligações telefônicas, e-mails e, principalmente, na rede social Twitter.

O aumento repentino gerou tantas reclamações de consumidores, que o Procon Municipal chegou a sugerir que o assunto fosse debatido em uma reunião entre o órgão de proteção ao consumidor, Ministério Público, Prefeitura de Natal e Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos). Entretanto, mesmo promovendo o encontro, o diretor do Procon, Carlos Paiva, enfatizou não haver qualquer meio legal capaz de conter os reajustes, além de deixar claro acreditar que a mobilização é a única arma do consumidor.

Fonte: Tribuna do Norte