ImagemUma das principais alterações no Fies é a redução da cobrança dos juros no financiamento dos estudos. A taxa caiu de 6,5% par
a 3,5% ao ano e também vai valer para saldos de contratos antigos. Além disso, o prazo para quitar a dívida ficou mais longo. Agora é o triplo do tempo de curso, em contraponto ao dobro do tempo de faculdade, praticado anteriormente.

Outro benefício do novo Fies é o abatimento de 1% da dívida para os jovens que optarem por licenciaturas e atuarem como professores da rede pública de educação básica com jornada de, no mínimo, 20 horas semanais.

Da mesma forma serão contemplados alunos que optarem por medicina e atuarem no programa Saúde da Família em áreas prioritárias definidas pelo Ministério da Saúde.

Para Ana Cristina Canettieri, diretora da Consultores Associados de Educação (Cadec), essas mudanças são significativas. "São medidas muito bem-vindas e devem estimular a população estudantil a consumir mais ensino".

A especialista diz, ainda, que considera positiva a inclusão dos alunos de educação profissional técnica de nível médio como beneficiários do programa. Monteiro, no entanto, diz que esta é uma melhoria "relativa", pois as melhores escolas técnicas do país são públicas, lembra.


Veja o que mudou no Fies

Hoje: Redução da cobrança dos juros no financiamento dos estudos - de 6,5% para 3,5% ao ano. A taxa vale para saldos devedores de contratos antigos
Antes: A taxa de juros era de 3,5% para os cursos considerados prioritários (cursos superiores de tecnologia; licenciaturas em física, química, matemática e biologia; medicina e geologia) e 6,5% para os demais cursos

Hoje: O prazo de financiamento subirá para três vezes o tempo do curso. Exemplo: um estudante que tenha financiado um curso com duração de quatro anos terá 12 anos para quitar a dívida.
Antes: Era de duas vezes o prazo do curso

Hoje: Estudantes dos cursos de licenciatura e medicina que atuarem como professores da rede pública de educação básica - com jornada de, no mínimo, 20 horas semanais - ou como médicos do programa Saúde da Família, em área prioritárias definidas pelo Ministério da Saúde, poderão pagar os estudos com trabalho. Esses profissionais vão abater 1% da dívida a cada mês trabalhado.
Antes: Não existia essa possibilidade

Hoje: Os alunos formados em medicina terão o período de carência estendido enquanto durar a residência médica. O benefício é válido para os que ingressarem em programas de residência credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica e em especialidades prioritárias definidas pelo Ministério da Saúde
Antes: Havia carência de 18 meses após o término do curso

Hoje: O financiamento pode ser requerido a qualquer momento e não mais em processos seletivos, como antes. O agente operador é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do MEC, e os agentes financeiros são a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil
Antes: O único agente financeiro era a CEF

Hoje: O Fies beneficiará alunos de cursos técnicos de nível médio, desde que haja disponibilidade de recursos. A verba ainda será disponibilizada prioritariamente aos estudantes de cursos de graduação
Antes: Não havia essa possibilidade



Fonte: Portal G1
Foto: FARN