O Exército Brasileiro está executando a terraplenagem da área militar de 5,6 hectares no entorno da Ponte Forte-Redinha, a fim de melhorar a visibilidade e tornar mais eficiente a segurança em volta do 17º Grupamento de Artilharia e Combate (GAC), em Santos Reis.

Terraplanagem foi medida adotada pelo Exército Brasileiro para oferecer visibilidade às sentinelas do quartel durante as rondas
Junior Santos Terraplanagem foi medida adotada pelo Exército Brasileiro para oferecer visibilidade às sentinelas do quartel durante as rondas

Chefe da Seção de Logística da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada, ao qual hierarquicamente o GAC está subordinado, o major Edson Massayuki Hiroshi diz que embora uma parte dessa área esteja sendo permutada com a Prefeitura de Natal, ela ainda “está sob domínio do Exército”, até que o poder público conclua as obras acertadas com o Exército como troca do terreno  para a construção, por exemplo, dos acessos à ponte Newton Navarro.


O major Hiroshi explicou que o Exército decidiu fazer a terraplenagem porque a topografia da área estava dificultando a vigilância por parte do corpo da guarda do GAC. Ele disse que existe uma preocupação porque lá tem paiol de pólvora e reserva de armamento, que podem ser alvos de bandidos. “Nosso serviço de inteligência sabe que é fato que os bandidos estão subindo do Sudeste rumo ao Nordeste para roubar armas como fuzis”, disse ele.

Segundo o major, os cômoros existentes no terreno (ondulações  como se fosse pequenas dunas) criavam corredores que vinham permitindo que pessoas adentrassem a área sem permissão do Exército. Ele disse que existem indícios de uso da área para prostituição, uso de drogas e circulação de “delinquentes”, o que vinha preocupando o comando do GAC.

O serviço de terraplanagem é autorizado pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Semurb), garantindo a recomposição vegetal da área. A autorização da Semurb foi concedida em 6 de outubro e o  Exército tem 90 dias, a contar dessa data, para executar os serviços de nivelamento do terreno.

Numa segunda fase, segundo o major, deve ser feita a demolição de onde estão hoje as ruínas do antigo clube Circulo Militar, que também está servindo de antro para a delinquência.

Moradores de Brasília Teimosa, bairro  vizinho ao GAC, acham que a terraplenagem é benéfica para a comunidade. Andréia Ângela de Lima sugere, por exemplo, que na área devia ser construído um parque ou uma área de lazer. “Aqui não tem nada disso”.

A comerciante Ivete Gregório chegou a perguntar, se era verdade o  boato de que lá seriam construídas casas para abrigar os moradores da Favela do Maruim, que vai ser demolida para se executar as obras de ampliação do porto de Natal. “Aqui, à noite, a escuridão também é muito grande”, lamenta ela.

Fonte: Tribuna do Norte