Em pronunciamento nesta quarta-feira (11), o senador José Agripino (DEM-RN) atribuiu a ex-ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, a ocorrência do "apagão" que atingiu 18 estados brasileiros na noite de terça-feira (11). Segundo ele, o problema foi provocado por falhas no marco regulatório do setor elétrico, elaborado à época em que a atual chefe da Casa Civil da Presidência da República ocupou o ministério (2003-2005), que beneficiaria a geração de energia velha, produzida pelas estatais do setor elétrico, em detrimento da geração de energia nova pelo setor privado, que seria vital para garantir o crescimento do país.
- Mesmo com o nível dinâmico das barragens lá em cima, por causa das recentes chuvas, não houve carga suficiente para atender a demanda, o que acabou provocando o 'apagão' localizado que provocou um desmoronamento de cartas, desligando a energia do Sul e do Sudeste todo - afirmou.
Com o objetivo de esclarecer as razões do "apagão", Agripino encaminhou à Mesa do Senado pedido de informação dirigido ao ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, em que solicita dados sobre o montante dos investimentos feitos pelo setor público na geração de energia elétrica, além dos investimentos do setor privado em centrais hidrelétricas e fontes alternativas de energia em todas as regiões do país.
O líder do DEM afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não investiu na geração de energia, mas apenas na interligação do sistemas regionais atualmente existentes, o que seria insuficiente para garantir o crescimento do setor. Ele acrescentou que esse modelo não conduz à modernidade e alertou que o "apagão" pode se repetir.
Em aparte, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que os investimentos do governo no setor elétrico foram direcionados para a conexão dos sistemas das Regiões Norte e Nordeste e que não houve preocupação em relação aos sistemas que atendem aos estados do Sul e do Sudeste, "que estão operando no limite".
- Furnas tem um plano de incentivo para aposentadoria e os melhores técnicos não são repostos. O sistema do Sul e do Sudeste está no limite. Especialmente agora, com a proximidade do verão, qualquer pequeno problema operacional, técnico ou pessoal derruba todo o sistema. O governo precisa ser chamado à responsabilidade - afirmou.
Para Agripino, o governo minimiza a gravidade do "apagão" por varias razões, reiterando que a principal delas é que o problema "tem uma mãe, que se chama Dilma Rousseff, candidata a presidente da República". O senador frisou que Dilma terá que explicar a razão da falência do modelo montado por ela e que não foi capaz de incentivar investimentos públicos e privados, permitindo apenas que o governo interligasse os sistemas.
Agripino lembrou ainda do "apagão" ocorrido em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso, observando que aquele fenômeno foi motivado pelo nível crítico das águas das barragens. Acrescentou que o governo FHC fez um plano de guerra e construiu grandes termelétricas.
- Neste 'apagão', nenhuma termelétrica entrou em funcionamento porque não há interesse em administrar um sistema integrado - afirmou.
Atualmente, disse Agripino, "as administradoras de água estão confusas, o abastecimento dos reservatórios fica comprometido e não se sabe se vale a pena investir". Ele disse, ainda, que há dúvidas sobre a existência de infraestrutura elétrica para sustentar a produção, o que se agrava diante da "ineficiência administrativa" do atual governo.
Em aparte, o senador Antônio Carlos Júnior (DEM-BA) disse que o Brasil não vai crescer se não houver aumento substancial do investimento público e privado na geração de energia, o que exige a redução da carga tributária, juros mais baixos e infraestrutura, além da diminuição dos gastos do governo.
- O setor público não tem capacidade de fazer novos investimentos e, se for pelo marco regulatório errado, não teremos investimentos. A energia é ponto crucial da infraestrutura. O marco regulatório tem que ser adequado para atrair o interesse do setor privado - afirmou.
Em resposta, Agripino afirmou que vai esperar pelos dados a serem encaminhados pelo ministro Edson Lobão, mas observou que "não se conformará com explicações superficiais" sobre o episódio.
- Tenho obrigação de ir fundo antes que seja tarde. O apagão de ontem foi um alerta - concluiu.
Da Agência Senado
- Mesmo com o nível dinâmico das barragens lá em cima, por causa das recentes chuvas, não houve carga suficiente para atender a demanda, o que acabou provocando o 'apagão' localizado que provocou um desmoronamento de cartas, desligando a energia do Sul e do Sudeste todo - afirmou.
Com o objetivo de esclarecer as razões do "apagão", Agripino encaminhou à Mesa do Senado pedido de informação dirigido ao ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, em que solicita dados sobre o montante dos investimentos feitos pelo setor público na geração de energia elétrica, além dos investimentos do setor privado em centrais hidrelétricas e fontes alternativas de energia em todas as regiões do país.
O líder do DEM afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não investiu na geração de energia, mas apenas na interligação do sistemas regionais atualmente existentes, o que seria insuficiente para garantir o crescimento do setor. Ele acrescentou que esse modelo não conduz à modernidade e alertou que o "apagão" pode se repetir.
Em aparte, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que os investimentos do governo no setor elétrico foram direcionados para a conexão dos sistemas das Regiões Norte e Nordeste e que não houve preocupação em relação aos sistemas que atendem aos estados do Sul e do Sudeste, "que estão operando no limite".
- Furnas tem um plano de incentivo para aposentadoria e os melhores técnicos não são repostos. O sistema do Sul e do Sudeste está no limite. Especialmente agora, com a proximidade do verão, qualquer pequeno problema operacional, técnico ou pessoal derruba todo o sistema. O governo precisa ser chamado à responsabilidade - afirmou.
Para Agripino, o governo minimiza a gravidade do "apagão" por varias razões, reiterando que a principal delas é que o problema "tem uma mãe, que se chama Dilma Rousseff, candidata a presidente da República". O senador frisou que Dilma terá que explicar a razão da falência do modelo montado por ela e que não foi capaz de incentivar investimentos públicos e privados, permitindo apenas que o governo interligasse os sistemas.
Agripino lembrou ainda do "apagão" ocorrido em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso, observando que aquele fenômeno foi motivado pelo nível crítico das águas das barragens. Acrescentou que o governo FHC fez um plano de guerra e construiu grandes termelétricas.
- Neste 'apagão', nenhuma termelétrica entrou em funcionamento porque não há interesse em administrar um sistema integrado - afirmou.
Atualmente, disse Agripino, "as administradoras de água estão confusas, o abastecimento dos reservatórios fica comprometido e não se sabe se vale a pena investir". Ele disse, ainda, que há dúvidas sobre a existência de infraestrutura elétrica para sustentar a produção, o que se agrava diante da "ineficiência administrativa" do atual governo.
Em aparte, o senador Antônio Carlos Júnior (DEM-BA) disse que o Brasil não vai crescer se não houver aumento substancial do investimento público e privado na geração de energia, o que exige a redução da carga tributária, juros mais baixos e infraestrutura, além da diminuição dos gastos do governo.
- O setor público não tem capacidade de fazer novos investimentos e, se for pelo marco regulatório errado, não teremos investimentos. A energia é ponto crucial da infraestrutura. O marco regulatório tem que ser adequado para atrair o interesse do setor privado - afirmou.
Em resposta, Agripino afirmou que vai esperar pelos dados a serem encaminhados pelo ministro Edson Lobão, mas observou que "não se conformará com explicações superficiais" sobre o episódio.
- Tenho obrigação de ir fundo antes que seja tarde. O apagão de ontem foi um alerta - concluiu.
Da Agência Senado
Mídias Sociais