Aprovados no concurso público da Polícia Militar - realizado em janeiro de 2006 - desejam que a data da homologação do certame seja retificada e prorrogada para 2011. De acordo com os suplentes, a homologação do concurso foi publicada em novembro de 2005 - mesma data de lançamento do edital -, quando deveria ter sido em fevereiro de 2007, após etapa preparatória quando são realizados o curso de formação e exames médico e físico.

Segundo o presidente da Comissão de Suplentes, Wandenberg Torres, a homologação do concurso público teria sido publicada na data errada. a denúncia foi feita pela comissão de suplentes aprovados e a vereadora Sargento Regina (PDT). De acordo com os suplentes, devido ao possível erro, a validade do certame termina dia 23 de novembro deste ano, o que prejudicaria 3.126 aprovados.

O presidente da Comissão de Suplentes, disse que a governadora Wilma de Faria designou o secretário chefe de Gabinete Civil, Vagner Araújo, para se reunir com a comissão, no mês de setembro, porém o secretário teria informado aos aprovados que dois motivos impediam a convocação pelo governo do estado: impossibilidade de realizar todas as etapas de preparação devido a proximidade do prazo final e o limite prudencial.

O desejo dos aprovados é que a data de homologação do concurso seja retificada para que a validade do certame passe a ser fevereiro de 2011. "O estado tem que corrigir esse erro porque não existe concurso homologado com a mesma data do edital, mas sim depois que todas as etapas são cumpridas", ressalta Wandenberg. Os aprovados também alegaram que as leis complementares nº 179/00 e 250/03 aumentam o número de policiais militares de acordo com o crescimento da população, porém a convocação não estaria ocorrendo.

Os aprovados afirmam que no Plano Executivo do Projeto da Copa Natal 2014, elaborado pelo governo do estado, consta que a capital potiguar conta com um policial militar para cada 175 habitantes. "Esses dados não são reais. O número no RN é um policial para cada 430 habitantes", afirma o presidente da comissão.

Segundo ele o déficit no RN atualmente é de aproximadamente mil policiais militares. "Tentamos negociar com o governo, sugerimos diversas opções para a convocação, mas o governo ainda não fez nada. Em último caso vamos procurar o Ministério Público", declarou.



Sem possibilidade

Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social informou - através da assessoria de comunicação - que não existe, em tese, nenhuma possibilidade de prorrogação ou convocação de candidatos ,porque já foi em 2005 foi convocado um número maior de aprovados do que o previsto inicialmente no edital, que era de mil policiais . A reportagem também tentou contato com o secretário Vagner Araújo, mas não teve resposta.




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