O ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia chefia um esquema de corrupção nos contratos terceirizados na Casa. A acusação foi feita pelo casal João Carlos e Denise Zoghbi, respectivamente ex-diretor de Recursos Humanos do Senado e ex-diretora do Instituto Legislativo Brasileiro, em entrevista à revista "Época" publicada nesta semana. Segundo a revista, João Carlos e Denise afirmaram que há corrupção nas contratações no Prodasen (Sistema de Processamento de Dados), na comunicação social, no transporte, na vigilância e no serviço de taquigrafia.
O casal diz ainda que Agaciel é sócio de todas as empresas terceirizadas que têm contrato com o Senado. Após 14 anos como diretor-geral, Agaciel Maia deixou o cargo há dois meses, quando a Folha revelou que ele usou um irmão para esconder da Justiça a propriedade de uma casa avaliada em cerca de R$ 5 milhões. "Esses anos todos, o Senado tem um dono. Um único dono", afirmou Denise à revista sobre Agaciel Maia. À revista o ex-diretor-geral negou as acusações e atribuiu as denúncias à uma antiga rivalidade com Zoghbi. Segundo a revista, o casal Zoghbi não revelou quais os senadores que se beneficiam dos supostos esquemas chefiados por Agaciel Maia.
A reportagem informa que as acusações contra Agaciel foram feitas pelo casal depois que a revista informou, na semana passada, que Zoghbi usou sua ex-babá como laranja de três empresas criadas por ele para administrar contratos com o Senado. O casal solicitou nova entrevista e revelou os negócios chefiados por Agaciel Maia.
Com a publicação do caso da ex-babá, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), determinou que a Polícia Legislativa investigasse Zoghbi, que já respondia sindicâncias por supostamente ter utilizado um apartamento funcional da Casa para acomodar parte da sua família. Zoghbi, que continuava como funcionário na Casa, pediu aposentadoria ontem para escapar da demissão.
Com informações da Folha Online
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