Com pouco mais de 15 dias de mandato, a nova prefeita de Patu, Evilásia Gildênia (PSB), está enfrentando diversos problemas no município.

De acordo com sua assessoria, as administrações anteriores, leiam-se Possidônio Queiroga e Alexandrino Suassuna, deixaram a cidade praticamente sem condições de administração. É tanto, que no último dia 09 de abril foi publicado no Diário Oficial do Estado o Decreto Municipal que estabelece estado de emergência no município.

Agora, o mais curioso é que a atual oposição, que há quinze dias era situação, está atribuindo todos os desmandos administrativos a nova gestora municipal.

O absurdo é tamanho que segundo um site de um vereador (hoje oposição) conhecido na cidade como Mamá Almeida (PPS), seu grupo ingressou com um mandado de segurança na justiça, objetivando o repasse mensal da cota da câmara dos recursos do município.

Até ai tudo bem, todos têm o direito de reivindicar. Ocorre que o repasse ao qual se refere o vereador deveria ter sido transferido à câmara até o dia 20 do mês de março, o que não ocorreu, ou seja, esta responsabilidade seria do gestor anterior, no caso Alexandrino Suassuna(PMDB).

Nesse ínterim a oposição tanta atribuir o não repasse a nova administração, alegando que a mesma pode responder por crime de responsabilidade. Pra mim essa idéia é um “tiro no pé” e não vai render, haja vista que é de fácil constatação de que o responsável pelo não repasse é o senhor Alexandrino, podendo assim esta ação virar contra o próprio grupo.

Hoje a oposição alardeia aos quatro cantos que Patu está um caos.

Ora, se está um caos foram eles próprios que deixaram assim, não há como uma cidade organizada e bem estruturada como dizem que deixaram, se desorganizar em menos de 15 dias de mandado de um novo gestor.

O próprio Mamá publica em seu mandato eletrônico os requerimentos enviados a prefeitura solicitando providências. São eles:

  • Requerimento solicitando ao poder executivo que seja efetuada a limpeza do cemitério público de Patu.
  • Requerimento que solicita do poder executivo a contratação de carros para o transporte escolar de alunos da Zona Rural. Os mesmos estão sendo impedidos de ir a escola pela falta de transporte
  • Requerimento solicitando que o poder executivo mantenha o calendário da limpeza urbana e da coleta de lixo.
  • Requerimento que solicita ao poder executivo a reabertura e a reforma da lavanderia pública municipal, para o uso diário.
  • Requerimento solicitando ao poder executivo municipal que seja obedecido o calendário de pagamento de servidores públicos do município.
  • Requerimento solicitando do poder executivo a retirada do lixão localizado as margens da RN - 117, próximo a AABB. Dando consequentemente outro destino aos dejetos sólidos.

Como disse, não há como em quinze dias uma cidade se transformar em um caos administrativo como se encontra Patu. A sujeira, as obras paralisadas, o lixão, não são frutos de 15 dias de administração.

Outro fato que deverá ser apurado pela nova gestão é o caso do sumiço de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais) que deveria ter sido investido na construção de uma creche na cidade e que simplesmente, o dinheiro sumiu dos cofres do município. A quantia foi sacada no mês de outubro ano passado.

O ex-prefeito Possidônio Queiroga disse que os recursos foram pagos a Construtora mais não sabe informar o nome.

Já o ex- prefeito interino, Alexandrino Suassuna que administrou o município por três meses é omisso, assim como foi durante o seu mandato.

Pelo que vejo a nova gestão municipal não precisará investir em uma consultoria para apurar as irregularidades. Os próprios atores que participaram desta “novela mexicana” aos poucos estão se “ENTREGANDO”.

É um absurdo mais é a realidade.