Apenas 13% dos R$ 3 milhões recebidos por Micarla de Sousa têm origem conhecida na prestação de contas feita à Justiça Eleitoral, divulgada no site do Tribunal Superior Eleitoral na sexta-feira (5).
Todo o restante, R$ 2, 5 milhões, ficou sob o nome “diretório estadual”, ocultando o nome do real doador, que injetou recursos no partido para não aparecer.
Segundo matéria publicada ontem (5) na Folha de São Paulo, o artifício, chamado de "burla legal", foi utilizado em pelo menos 17 das 26 campanhas vitoriosas nas capitais.
Pelo menos sete legendas de diversas correntes políticas (PT, PMDB, PSDB, DEM, PV, PSB e PC do B) lançaram mão dessa estratégia.Ainda de acordo com o jornal paulista, entre todos os candidatos do Brasil, Micarla foi a que mais camuflou a origem da sua arrecadação.
Doadores
Dos cerca de 490 mil discriminados na lista, a indústria de cervejas Primoschincariol aparece como a maior doadora, com R$ 150 mil.
Entre as pessoas físicas, a mãe de Micarla, Miriam de Sousa, foi a mais generosa: R$ 9 mil. O advogado Kelps Lima injetou R$ 5 mil na campanha, enquanto o vice-prefeito eleito Paulinho Freire aumentou em R$ 4 mil o cofre da pevista.
A campanha também recebeu uma ajuda importante das gráficas de Natal: R$ 72 mil.
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