
O Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado em 5 de maio de 2025, revela que 29% da população brasileira entre 15 e 64 anos enfrenta o analfabetismo funcional, percentual inalterado desde 2018. Essa condição impede a compreensão de frases simples e a identificação de informações básicas, como números de telefone ou preços.
Jovens e trabalhadores também são afetados
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o índice de analfabetismo funcional subiu de 14% em 2018 para 16% em 2024, possivelmente devido ao fechamento das escolas durante a pandemia. No mercado de trabalho, 27% dos trabalhadores são analfabetos funcionais, enquanto 34% possuem alfabetismo elementar e 40% têm níveis consolidados.
Desigualdades raciais e educacionais persistem
O estudo destaca disparidades entre diferentes grupos. Entre os brancos, 28% são analfabetos funcionais, contra 30% entre a população negra e 47% entre amarelos e indígenas. Mesmo entre aqueles com ensino superior, 12% enfrentam o analfabetismo funcional.
Necessidade de políticas públicas eficazes
Especialistas enfatizam a urgência de políticas públicas significativas na educação e na redução das desigualdades sociais para combater o analfabetismo funcional. A coordenadora do Observatório Fundação Itaú, Esmeralda Macana, ressalta a importância de garantir educação de qualidade e adaptada às novas tecnologias.
Metodologia do Inaf
O Inaf classifica os níveis de alfabetismo em analfabeto, rudimentar, elementar, intermediário e proficiente. A pesquisa de 2024, realizada entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, contou com 2.554 participantes de todas as regiões do país, com margem de erro entre 2 e 3 pontos percentuais.
Mídias Sociais