Foto: Fernanda Zauli/g1
O início das obras de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal, está aguardando a emissão da licença de instalação e operação solicitada ao Idema pelo município no dia 12 de junho. O Idema tem um prazo de 120 dias para liberar a autorização.
Prazo de Conclusão e Impacto
A DTA Engenharia, empresa integrante do consórcio contratado pela prefeitura de Natal por R$ 73 milhões para executar o serviço, estima que as obras, uma vez iniciadas, serão concluídas em cinco meses. A previsão é que a faixa de areia da praia atinja até 100 metros durante a maré baixa. João Acácio Gomes de Oliveira Neto, fundador e presidente da DTA Engenharia, afirmou que a população poderá perceber mudanças logo nos primeiros dias de obra.
Funcionamento da Obra
A areia será retirada de um banco localizado a aproximadamente 7 km da costa. Segundo a prefeitura de Natal, em linha reta, a jazida fica em frente ao farol de Mãe Luiza. A obra de Ponta Negra utilizará cerca de 1 milhão de metros cúbicos de areia.
A draga, um navio equipado com uma tubulação de sucção, atua como um aspirador, coletando areia e água do mar. Após a sucção, a areia é armazenada em cisternas com capacidade de 2800 metros cúbicos, equivalente a 700 caminhões de areia de 4 metros cúbicos. O excesso de água é devolvido ao mar.
O navio então se aproxima da praia, a cerca de 500 metros, e conecta tubos previamente instalados em cinco ou seis pontos ao longo dos 4 km de praia que serão aterrados. A areia é bombeada juntamente com a água para a praia, onde equipamentos como escavadeiras espalham o material conforme o projeto.
Justificativa para a Obra
"A elevação do nível do mar é real. A maré alta de hoje é mais alta do que no passado, causando erosão. Boa parte da costa do Brasil sofre esse processo. A areia que originalmente conformava a praia é carregada para o mar. O que estamos fazendo é restituir à praia as condições originais da natureza, dado que o mar está sofrendo essa elevação. Não se trata de engordar, mas de restaurar e restituir as condições originais," defendeu João Acácio.
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