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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou nesta sexta-feira (12) o desempenho do ministro Alexandre Padilha, que lidera as Relações Institucionais, uma área crucial para a interação política entre o Executivo e o Congresso Nacional. As declarações de Lula ocorreram em meio a críticas feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no dia anterior.

Lula expressou sua gratidão a Padilha durante a inauguração da nova sede da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) em São Paulo (SP). Ele comparou a função do ministro com um casamento, destacando que nos primeiros seis meses tudo parece maravilhoso, mas com o tempo surgem desafios. No entanto, Lula ressaltou que Padilha está enfrentando esses desafios com habilidade, afirmando que ele é fundamental para lidar com a diversidade do Congresso.

O evento também contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública). Lula aproveitou para elogiar o trabalho de Haddad na articulação política para a aprovação da reforma tributária em dezembro de 2023.

Além disso, Lula incentivou o setor automotivo a retomar o Salão do Automóvel e expressou sua intenção de fazer o Brasil voltar a ser a sexta maior economia do mundo. Ele também destacou o desejo de concluir o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

Por outro lado, Arthur Lira acusou Padilha de disseminar informações falsas para influenciar o Legislativo, durante uma visita à Exposição Agropecuária de Londrina (PR). Em resposta, Padilha afirmou que não vai entrar nesse tipo de confronto e que mantém sua postura de civilidade na política, enfatizando a importância de manter uma relação positiva entre o governo e o Congresso Nacional.

Lira cortou relações com Padilha desde o final do ano passado e tem expressado críticas à comunicação entre o governo e o Congresso para parlamentares próximos. A assessoria de imprensa de Padilha não se pronunciou sobre as críticas de Lira, que foram feitas em relação à prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018.