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Em 2023, o Rio Grande do Norte testemunhou uma diminuição significativa de 13,9% no número de mortes violentas, alcançando o menor índice de assassinatos em 11 anos. Registraram-se 951 mortes violentas durante o ano passado, o que representa 154 mortes a menos em comparação com 2022, quando houve 1.105 óbitos.
Esses dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo Monitor da Violência, um projeto do G1 que monitora mensalmente os registros de mortes violentas em todos os estados.
Os números incluem homicídios dolosos (incluindo feminicídios), latrocínios (roubos com resultado em morte) e lesões corporais seguidas de morte.
Essa iniciativa é realizada em colaboração com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
A queda registrada no Rio Grande do Norte foi superior à média nacional, que foi de 4%. No entanto, o estado ainda apresentou uma taxa de 28,8 mortes por 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 19,4.
No Nordeste, o Rio Grande do Norte teve a quinta maior taxa, ficando atrás de Pernambuco (38,8), Alagoas (36,2), Bahia (34,3) e Ceará (33,8).
Em relação aos outros estados nordestinos, Sergipe (20,7), Piauí (21,7), Paraíba (25) e Maranhão (27,1) tiveram taxas menores do que o RN.
De acordo com os dados do G1, o estado registrou 842 homicídios dolosos, 28 latrocínios e 81 casos de lesão corporal seguida de morte. No último caso, o estado teve o segundo maior número do país, ficando atrás apenas de São Paulo, que registrou 82 casos.
O levantamento periódico dos assassinatos é um dos projetos do Monitor da Violência, iniciado em 2017 em colaboração com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP).
Anteriormente, não havia uma ferramenta governamental que permitisse acompanhar os dados sobre homicídios de forma atualizada, e a divulgação dos dados pelos estados não era padronizada. A partir dessa parceria, o G1 passou a levantar os dados mensalmente, contribuindo para aumentar a transparência e precisão das informações sobre segurança pública no Brasil.
Em 2024, o governo federal começou a publicar os dados de crimes violentos em um painel interativo com informações de todos os estados, o que levou o G1 e seus parceiros a decidirem encerrar o levantamento periódico das mortes violentas, mantendo apenas o Monitor da Violência em outras áreas.
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