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O grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já decidiu quem culpar pelo escândalo das joias de diamantes provenientes da Arábia Saudita: o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Aliados do antigo mandatário adotaram a estratégia de proteger Bolsonaro e responsabilizar Albuquerque pelo ocorrido.

Inicialmente, o grupo de Bolsonaro planejava alegar que a importação das joias era uma manobra do governo Lula (PT). Contudo, as evidências reveladas pela imprensa nos últimos dias tornaram esse discurso inviável.

Para proteger tanto Bolsonaro quanto Michelle, seus aliados escolheram responsabilizar Albuquerque. Bolsonaristas afirmam nos bastidores de Brasília que o ex-ministro "agiu de forma inadequada" e precisa explicar "toda a confusão que causou". Além disso, asseguram que o ex-presidente e a ex-primeira-dama não têm nenhuma culpa pelo ocorrido.

O ex-ministro também adotou esse discurso e irá defender Michelle em seu depoimento, marcado para a próxima terça-feira (14), afirmando que se enganou ao dizer que as joias eram para a ex-primeira-dama. Albuquerque alegará que deduziu ser um presente para a esposa de Bolsonaro ao ver as joias na alfândega da Receita Federal de Guarulhos.

A base do governo Lula está ciente da estratégia dos bolsonaristas e planeja rebatê-la tanto no Congresso quanto nas redes sociais. Aliados do atual presidente enfatizam que Bolsonaro e a ex-primeira-dama tentaram importar ilegalmente as joias dadas pelo governo saudita.

Entendendo o caso

De acordo com uma matéria do jornal "O Estado de S. Paulo", em outubro de 2021, o governo da Arábia Saudita presenteou Michelle Bolsonaro com um conjunto de joias avaliado em R$ 16,5 milhões. O pacote incluía um anel, colar, relógio e brincos de diamantes.