Servidores denunciam problemas estruturais em maternidade que sofreu incêndio em Natal

Problemas como falta d'água, elevador sem funcionar, piso quebrado e mofo estão entre os relatados por profissionais do Hospital Maternidade Dr. Araken Irerê Pinto.


Incêndio atinge Hospital Maternidade Dr. Araken Irerê Pinto, no bairro de Petrópolis, em Natal — Foto: Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi

Servidores têm denunciado problemas estruturais do Hospital Maternidade Dr. Araken Irerê Pinto, no bairro Petrópolis, em Natal, que sofreu um incêndio no domingo passado (5).

Os profissionais alegam que o fogo que atingiu um ar-condicionado e fez o prédio precisar ser evacuado é consequência de uma série de problemas estruturais que ocorrem há algum tempo. Sem se identificar, eles também citaram que têm sido alvos de assédio da Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) por se manifestarem sobre os problemas na unidade.

Em nota à Inter TV Cabugi, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal disse que não há assédio e que o que está acontecendo é um redimensionamento da rede, inclusive da maternidade.

A maternidade passou a funcionar no prédio do antigo Hospital Municipal de Natal há seis meses e, de acordo com a prefeitura à época, o local havia passado por uma reforma. Mas não é o que alegam os profissionais.

O que denunciam os servidores

Os funcionários denunciam que a estrutura herdada do antigo Hospital Municipal de Natal é precária, com problemas como falta d'água, piso quebrado, e móveis caindo aos pedaços no setor pré-parto - exatamente onde aconteceu o incêndio.


De acordo com os funcionários, o incêndio que começou em uma ar-condicionado se deu devido a um problema crônico na maternidade. Naquele momento, profissionais, pacientes e recém-nascidos precisaram esvaziar o prédio.


"Tivemos que evacuar às pressas puérperas, que tinham acabado de parir, assim como recém-nascidos. Tentamos deslocar para um local que tivesse menos fumaça, pro centro cirúrgico. Não foi possível.O elevador já não estava funcionando, a energia foi cortada. Nós precisamos descer pelas escadas com as puérperas e os recém-nascido", disse uma profissional que preferiu não se identificar.

"Era tanta fumaça que ninguém conseguia enxergar ou visualizar o rosto da outra pessoa. Era uma fumaça preta e na hora inalei por vários e vários minutos".

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